terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rock in Rio: música e inovação


Em tempos de muita música no país do futebol, nada mais adequado de tratarmos do maior festival de música do mundo, o Rock in Rio, que voltou ao Brasil após 10 anos sendo sediado por Lisboa e Madrid.

Bom, mas o que este evento tem haver com inovação? A seguir explicaremos o porque...

4 lentes da inovação – competência essencial para inovar

Uma competência essencial para inovar é orientar a busca de oportunidades e prover um filtro para ver a realidade com “outros olhos” e saber onde olhar para buscar oportunidades. E foi justamente isso que a família Medina buscou: sair das fronteiras da música e explorar o Rock in Rio como um negócio, expandindo a atuação do evento. Fazendo da marca outros tantos negócios.
Radar da Inovação

Quando falamos sobre o Radar da Inovação, podemos citar duas dimensões: experiência do consumidor e marca

Experiência do consumidor

Desde a sua criação o Rock in Rio não foi simplesmente um festival de música. Em 1985 já era considerado um mega evento onde arrastava multidões de pessoas. O evento já contava com dois imensos fast foods e dois shoppings centers com 50 lojas. Mas ao longo do tempo a interatividade do evento com o consumidor foi crescendo. O apelo musical é muito grande em todos os públicos, desde as classes A até D e entre as últimas três gerações. Além de Rock, Pop, há a possibilidade de o público interagir com outros tipos de música em palcos alternativos.
Uma gama de empresas faz a interação com o público, criando diversos atrativos ao público Outras atividades também estão envolvidas no espetáculo, como roda gigante, tirolesa e bung jump. Como Roberta afirma: “Brinco com meu pai dizendo que daqui a pouco ele vai montar uma Disneylândia do rock, tamanha a quantidade de atrações paralelas ao festival.”

Marca

O aproveitamento da marca cresce a cada realização do evento. Exemplos temos de sobra. Algumas delas: a Trident fez suas embalagens de chicletes alusiva ao evento, a Wolksvagen lançou edições especiais Rock in Rio dos veículos Gol e Fox e os Correios transformou suas caixas de entrega do Sedex em imitações de amplificadores de som. O aproveitamento da marca se expande para os demais patrocinadores também.
Mas a exploração da marca não fica somente nos cases já citados, criar um selo fonográfico, uma companhia teatral, games, portais e grifes de roupas também estão nos planos.

Geração de oportunidades

O Rock in Rio é um exemplo de geração de novos negócios, se tornando como uma mega plataforma de oportunidades de negócios e exposição de marcas para organizações que querem investir em projetos culturais e de entretenimento para grandes massas. Ao todo quase 70 empresas e instituições participaram como patrocinadoras, apoiadoras, licenciadas ou expositoras nesta edição de 2011. A ativação dessas marcas no evento é a principal fonte de recursos para a realização do evento. Em muitas dessas empresas que estavam presentes no RIR, significou aumento inesperado nas vendas, como a Heineken que faturou R$ 11 milhões e o Bob’s, entrou para o livro dos recordes ao vender 79 mil sanduíches em um único dia.
Outra oportunidade gerada foi a parceria da Artplan com o banco BTG Pactual, que irá coordenar eventuais operações com grupos internacionais no processo de expansão da marca.

E você, caro leitor, como acha que o Rock in Rio contribui com a disciplina de inovação? Esta interação pode dar samba, ou melhor... Rock!

Abraços,

Márcio Harter