terça-feira, 31 de março de 2009

Inovação em setores maduros?



Olá,

Tudo bem? Nossa entrevista para a Revista Best Home tem dado boas discussões. Recebemos comentários de amigos, clientes e parceiros abordando alguns aspectos que tratamos na entrevista. Iremos abordar nas próximas semanas as perguntas que tiveram maiores questionamentos. A primeira trata da inovação por parte de empresas conservadoras e, especialmente, em setores maduros de baixa intensidade tecnológica.


É possível uma empresa conservadora, que não atua em setores de alta tecnologia se tornar uma empresa inovadora?
Claro. Pense em empresas como o Habibs. Você conhece a Zara, maior varejista de vestuário do Mundo. Analise o case do Diário Gaúcho do Grupo RBS ou da Natura, líder no mercado brasileiro de cosmeticos.
Cada uma delas desenvolveu a sua forma de inovar. Infelizmente, não dá para pegar uma receita padrão, o modelo do Google, por exemplo, e tentar aplicar na sua empresa.
Desenvolvemos um processo de quatro etapas:
Inicialmente é preciso que a inovação esteja alinhada com a sua estratégia de negócios, para então:
a) definir a estratégia de inovação.
b) estruturar o contexto organizacional, os aspectos relacionados a pessoas, cultura, estrutura, liderança e relacionamentos que aceleram ou inibem a inovação.
c) estruturar o processo de inovação que define como ela gera, seleciona, testa e implementa projetos inovadores.
d) um conjunto de métricas para realizar a gestão da inovação. Cada uma dessas etapas deve partir da realidade de sua empresa e da necessidade e intenção de mudança da mesma.

A inteligência de todo esse processo está em organizar cada uma dessas 4 etapas de acordo com os objetivos de sua empresa e a dinâmica competitiva do setor que ela atua. Com isso, aumentam significativamente as chances de sua empresa ter alto retorno do investimento em inovação.

O que você acha? Uma empresa conservadora de setores manufatureiros, sem a cultura "Google" pode inovar?

abs
Max

terça-feira, 24 de março de 2009

Ranking das 30 Mais Inovadoras do Sul


Olá,

Tudo bem? Você deve estar acostumados com rankings disso e daquilo. As melhores empresas para se trabalhar. As empresas de maior reputação. As 50 de maior crescimento. As maiores e melhores de Exame. A Revista Amanhã apresentou nessa quarta feira em Porto Alegre as 30 empresas mais inovadoras do Sul. Em tempos de crise é importante analisarmos as "mais inovadoras".

Algumas questões interessantes para destacarmos:

1) Diferentes setores: O ranking apresenta desde empresas de de alta tecnologia como a Datasul até prestadores de serviços como a Puras do Brasil.

2) Inovação não é só de produto: O ranking deixa claro algo que temos defendido sempre. Inovação não trata apenas de produto. Essa é uma visão míope que alguns especialistas e gestores seguem defendendo. Inovação é trazer o novo que gera resultados. O ranking traz empresas nas quais não há inovação no produto.

Além da premiação das mais inovadores houve um painél sobre inovação com gestores de empresas como O Boticário, Intecnial e Embraco. Interessante notar o crescimento do conceito de INOVAÇÃO ABERTA. As 3 empresas do painél destacaram seus relacionamentos com terceiros nos mais variados estágios da cadeia de valor da inovação.

Por fim o cientista Fabio Gandour da IBM discorreu sobre inovação.

Para nós as MAIS INOVADORAS são aqueles que inovam, inovam e inovam. Que tornam a inovação um processo estruturado e gerenciado.

Abs
Max

quarta-feira, 18 de março de 2009

Empreendedorismo e Inovação


Olá,

Tudo bem?

Você sabia que o Jovem brasileiro é o terceiro mais empreendedor do mundo entre os países do G-20?

Reportagem do Jornal Zero Hora apresentou o ranking de empreendedorismo segunda a Pesquisa Global Entrepeneurship Monitor — a GEM 2008. Interessante destacar que para cada brasileiro que empreende por necessidade, há dois que o fazem por oportunidade.

Segundo a matéria, "A pesquisa aponta também que a Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA) brasileira manteve-se em torno de 12%, índice semelhante ao de nações como os Estados Unidos e outros países desenvolvidos. De 2001 a 2008, a TEA média brasileira foi 75% mais alta do que a média de todos os países participantes do estudo. Entre os 15 países do G-20 — grupo das 20 maiores economias do mundo — presentes no levantamento, o Brasil ocupou a terceira posição em empreendedorismo"

Como seria se tais novos empreendimentos fossem potenciais inovações? Com certeza a chance de sucesso de tais iniciativas aumentaria muito. Precisamos fomentar um ambiente propício à inovação. Além disso, precisamos que todos aqueles que empreendem no Brasil e que não são poucos, possam entender que as inovações geram vantagem competitiva que possibilita que as empresas apresnetem melhor desempenho financeiro e por consequencia ampliem sua competitividade.

Você vai montar um novo negócio? Pense em:


- Que problema do cliente você está tentando resolver?
As principais inovações são focadas em resolver um problema importante de um grupo de clientes melhor que as alternativas disponíveis. Entender a situação-problema do cliente é o primeiro passo.

- Qual a sua proposta de valor?
O segundo passo é definir o que você aporta de diferente para resolução desse problema. Conveniência, preço, qualidade, durabilidade, design...?

- Como você vai ganhar dinheiro?
Muitas ideias são uma boa proposta de valor para um importante problema do cliente mas não geram resultado. De que adianta você ter vários clientes, quem sabe muito satisfeitos mas sem viabilidade econômica. Não deixe de pensar como você gera as receitas mas também como são seus custos e despesas.

Lembre-se da GOL Linhas Aéreas. Ela foi, anos atrás, um novo empreendimento. Não deixe de sonhar mas aumente suas chances de sucesso ao transformar seu novo empreendimento numa inovação. Com certeza vai valer a pena e quem sabe o Brasil comece a aparecer também nos rankings de inovação!

Abs
Max

quinta-feira, 12 de março de 2009

Inovação em Revista


Olá,

É com grande prazer que informamos o lançamento da 20a Edição da Revista Best Home contendo uma entrevista com os sócios-fundadores da Innoscience sobre Gestão da Inovação.

No link abaixo você pode conhecer a revista e acessar a entrevista da Innoscience na íntegra. Ao longo das próximas semanas traremos alguns trechos aqui no Blog.

http://www.teitelbaum.com.br/besthome/revista_virtual.php#

Abs
Max

terça-feira, 10 de março de 2009

Inovação e imitação


Olá,

Tudo bem?

Você conhece a Lenovo? A Lenovo é a empresa chinesa que comprou a divisão de PCs da IBM alguns anos atrás. Depois de algumas tentativas frustradas de expansão internacional a empresa está refocando o mercado doméstico chinês onde tem mais de 40% de market share.

Durante anos o segmento de PCs foi dominado por inovações tecnológicas e de produto. Recentemente, algumas empresas como a Apple tem inovado nos Pontos de Presença com o desenvolvimento de Lojas Próprias de Varejo. Também percebe-se a inovação de clientes com as iniciativas da Positivo em direção a Baixa Renda no Brasil e os Netbooks (nova categoria de microcomputadores que a Asus desenvolveu).

A Lenovo parece ter aprendido com os dois casos e agora está tentando replicar tais experiências na China. A empresa anunciou em reportagem no Wall Street Journal que irá abrir 700 novas lojas para atender o consumidor rural chines como produtos de baixo custo. A empresa pretende aproveitar o estímulo que o Governo Chines está dando para compra de eletrônicos em áreas rurais. A empresa divulgou que irá oferta 15 modelos entre $ 365 e $ 510. O Vice Presidente da empresa prometeu atender mais de 320 mil comunidades. Os analistas de mercado tem dúvida quanto ao potencial da oportunidade já que a renda média do trabalhador rural é de $ 700 média/ano e as condições de subsídios estão disponíveis para todos concorrentes. Por outro lado, esse modelo se bem sucedido poderia ser "exportado" para outros paises.

A notícia apresenta alguns aprendizados:

1) As inovações são rapidamente copiadas: Estamos numa era de enorme mobilidade do conhecimento e acesso a informação. As empresas mais exitosas atraem atenção de "copiadores" que tentam replicar tais soluções sem ter que incorrer nos custos e riscos da inovação.

2) Existem diferentes tipos de inovação: Como podemos observar há inovações de produto e tecnologia mas mesmo em setores caracterizados como de alta tecnologia são outros tipos de inovação que estão gerando os maiores resultados.

E na sua empresa? As inovações também são rapidamente copiadas? Quais tipos de inovação tem maiores dificuldades de serem copiadas?

Abs
Max

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Halls a Melhoria e a Inovação


Olá,

Tudo bem?

Essa semana discutimos na Innovation Insight, newsletter da Innoscience sobre a diferença entre invençõa, melhoria, inovação incremental e radical. Aproveitaremos o Blog para a partir de um caso discutir tais conceitos. Para tanto, apresentamos a Matriz de Melhoria e Inovação uma criação da Innoscience para facilitar esse entendimento.
Na semana passada ao parar para abastecer num posto de gasolina no deslocamento entre reuniões comprei um Halls. Isso mesmo a famosa bala da Cadbury, uma das maiores empresas de confeitos do mundo.
Ao comprar percebi que o Halls que escolhi tinha uma novidade. Será uma inovação? O Halls de maça verde tinha pequenas "listras" de morango que davam um sabor diferente para a bala. Voltei a loja de conveniência AM PM do Posto Ipranga (que também merece uma análise de inovação) e percebi que o Halls também era vendido em caixinhas não apenas em sua embalagem original. Mas seria então isso uma inovação? Me lembrei do Club Social bolacha salgada que fez enorme sucesso vendendo em pequenas embalagens que crianças e trabalhadores podiam levar para comer durante o dia.
Antes que vendedora que nesse momento já deveria estar preocupada com meu nível de análise das balas me fizesse algum questionamento fui embora.
Tomamos o presente exemplo para ilustrar as diferenças de melhoria, inovação incremental e radical. As "listras" de morango não podem ser consideradas uma inovação. São continuidade do produto existente com algum avanço. No entanto é pouco provável que mudem significativamente o resultado do produto para a Cadbury. Já a alternativa de uma nova embalagem que no caso do Club Social pode ser considerada uma inovação incremental no caso do Halls também parace uma melhoria pois essa já era prática comum no mercado de balas e confeitos, mudar o formato, tamanho e tipo de embalagem, algo que não ocorria com as bolachas.
E o que seria uma inovação radical? Me lembrei do Iogurte Activia da Danone que revolucionou o mercado. Não seria possível um Halls com alguma propriedade que pudesse auxiliar o desenvolvimento das crianças por exemplo? Uma linha de balas com benefícios de saúde poderia revolucionar o mercado de confeitos e se transformar numa inovação radical.
Importante destacar que todos movimentos são necessários e complementares. A Cadbury pode utilizar de melhorias, inovações incrementais e radicais para melhorar o desempenho de seu negócio.
Você tem exemplos de sua empresa de algo que poderia ser considerado melhoria, inovação incremental e radical? Compartilhe conosco!

abs
Max