sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Experimentação na Telefônica


Olá,

Tudo bem? Vamos sair da temática dos automóveis e falar um pouco sobre a gestão de projetos inovadores.
Da idealização a implementação um projeto inovador enfrenta vários desafios já que o sucesso na gestão de projetos inovadores depende de fatores diferentes dos fatores criticos da gestão de projetos convencionais.
Qual a principal caracterísitica de um projeto inovador? A incerteza e os riscos. Não há análise suficiente que garanta os resultados futuros. A única alternativa é adotar um processo sistemático de experimentação. O velho "tentativa e erro", o projeto piloto, estruturado, intencional.

Aproveitando o tema, um exemplo dessa prática é a Telefônica que está "testando" a nova tecnologia WIMAX. O projeto-piloto como citado pela reportagem do Jornal Valor Econômico envolve 150 clientes residenciais nos bairros de Pinheiros e Jardins, na cidade de São Paulo. Conforme citado pela matéria, "O objetivo é avaliar o desempenho da rede e dos serviços e avaliar a receptividade da tecnologia", afirmou o vice-presidente de estratégia e regulamentação da operadora, Maurício Giusti. Segundo informado na reportagem, os testes serão feitos em parceria com a Motorola e Intel (Jornal Valor Econômico)

Segundo nossa experiência o processo de experimentação tem algumas premissas básicas.
- Foco no aprendizado e não no resultado: o espírito de uma experimentação é checar as incertezas e riscos e não obter o melhor resultado. A busca do resultado será enfoque da etapa seguinte da inovação quando a empresa levar o produto/processo/modelo de negócio para a prática em larga escala.
- Errar mais Rápido: Sabendo que a incerteza é grande o melhor a ser feito é antecipar o erro. Quanto mais cedo a empresa erra mais cedo aprende e acerta a estratégia adequada para a nova iniciativa inovadora.
- Definir Indicadores Qualitativos a Acompanhar: As medidas de avaliação de um experimento estratégico não são Receita, Lucro, EBITDA... mas nível de relacionamento com produto, percepção em relação as alternativas concorrentes entre outras medidas qualitativas. Esses indicadores qualitativos estão relacionados às incertezas e riscos identificados pela empresa.
- Amostra Relevante: O teste precisa ter a amostra adequada para responder às incertezas identificadas pela empresa. Nem tanto em função de quantidade estatística mas por relevância para que o feedback possa ser posteriormente utilizada no desenvolvimento da inovação.
O que você acha? Tem alguma experiência que valida ou desconfirma tais premissas?
Abs
Max

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mais de automóveis...


Olá,
Tudo bem? A partir da discussão dos automóveis elétricos identificamos uma outra notícia interessante para analisar sob as óticas da inovação. Um dos grandes segredos dos segredos dos produtos inovadores é que estão claramente posicionados para "resolver um problema importante do cliente".
Até então, os carros elétricos tem sido posicionados como alternativa aos carros normais. Ao comparar atributos como velocidade, design e conforto os carros elétricos acabam sendo dispensados.
A empresa indiana Reva pensou diferente. Ao invés de tentar brigar com os carros porque não substituir as bicicletas? Por que não posicionar o produto como o "segundo carro" ? Foi exatamente isso que a empresa fez. Com isso as expectativas dos consumidores, especialmente aqueles de grandes centros urbanos como Londres, migram para outras questões como gasto de combustível, estacionamento, ecopreocupações..... Com essa abordagem a empresa já vendeu 3000 unidades de seu modelo elétrico sendo que 1000 para moradores de Londres.
Será que o seu produto com potencial inovador está adequadamente posicionado? Ele trabalha para facilitar a vida do cliente num "problema" que ele tem com frequencia?
Mande suas experiências!!
abs
Max



Mascote dos londrinos

Enquanto as grandes montadoras ainda trabalham para lançar seus carros elétricos, a indiana Reva já comemora o sucesso de seu modelo (que leva o mesmo nome da empresa) — pelo menos no mercado londrino. Das 3 000 unidades do veículo vendidas no mundo, 1 000 estão hoje nas mãos de moradores de Londres. O motivo da popularidade? Comprado principalmente como segundo carro, o Reva tornou-se a alternativa para quem quer driblar o pedágio urbano, já que veículos elétricos não estão sujeitos ao pagamento da taxa diária — de 14 dólares —, cobrada de quem entra motorizado no centro da capital.

Fonte: Exame

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mais do Carro Elétrico...


Olá,

O carro elétrico é uma das invenções com potencial de se transformar numa inovação caso consiga equilibrar alguns aparentes paradoxos. Um deles é o trade-off entre design e velocidade. No entanto, o desafio não pára por aí. As grandes montadoras estão todas investindo em "projetos piloto" para abocanhar essa oportunidade. Como já vimos em outros setores é bem provável que uma inovação nesse segmento seja oriunda de empreendedores como Straubel da Tesla Motors. Contudo, ao focar os atributos convencionais de design velocidade e por consequencia preço alto ele se coloca diretamente em competição pelos consumidores mais atraentes para as grandes montadoras.
Caso adotasse uma outra proposta, enfatizando outros atributos e abrindo mão dos atributos convencionais, ele poderia crescer à sombra das montadoras. A abordagem que a Tata Motors está adotando na construção do Nano tem, numa análise inicial maior potencial de inovação. Para tornar a idéia realidade a um preço próximo de U$ 3 mil a Tata está buscando criar o carro num novo modelo de negócio que permita obter lucros mesmo com um preço e uma margem aparentemente inviável para as grandes montadoras.Outra alternativa para a Tesla de Straubel seria fornecer a tecnologia para as montadoras, ficando com a venda de componentes para os carros elétricos que elas irão desenvolver. O que você acha?

Abs
Max


Eles têm menos de 35 anos e já estão revolucionando o mundo à sua volta. Conheça alguns jovens inovadores eleitos pela revista Technology Review, do MIT, em 2008.

Eleito “O inovador do ano”
JB STRAUBEL, 32. Projeto: engenharia de carros elétricos esportivos. TESLA MOTORS

Você provavelmente nunca ouvir falar dele, mas o engenheiro JB Straubel, da Tesla Motors, é o principal responsável por mostrar que carros elétricos não precisam ser lentos e feiosos. A prova é o Roadster, um automóvel com design premiado capaz de atingir 100 quilômetros por hora em apenas quatro segundos e uma velocidade máxima de 200 km/h. Foi de Straubel a idéia de criar um sistema digital para dar mais estabilidade ao modelo elétrico. Mas sua principal sacada foi um sistema de refrigeração para as 6.831 células da bateria de íon-lítio. Caso uma ficasse superaquecida, todas pegariam fogo. Os quatro primeiros Roadsters saíram de fábrica em junho, por US$ 109 mil. Já há uma lista de espera de um ano pelo modelo. A General Motors apontou esse sucesso como o motivo de ter retomado seu projeto de carro elétrico, o Volt. Enquanto a gigante ajusta seu rumo, a pequena Tesla, liderada por Straubel, já pensa à frente. A idéia é melhorar o Roadster e expandir sua linha, com um sedã e um compacto elétricos. “É incrível o que mais alguns amperes podem fazer”, diz Straubel, enquanto acelera uma nova versão do Roadster, ainda em teste.

Fonte: Época Negócios

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Innoscience na ZH


Olá,
A Zero Hora, principal jornal do Rio Grande do Sul, publicou uma pequena entrevista com o Prof. Luiz Paulo Bignetti, sócio-fundador da Innoscience sobre Gestão Inovação. 
Abs, Max

O Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Unisinos, ele é o palestrante de hoje da 15ª Semana da Qualidade e da Inovação da Unisinos, falando sobre o tema Inovação: Desafio para os líderes, às 20h, no Anfiteatro Padre Werner.

IE– Há 15 anos o que era inovação e o que é hoje?

Bignetti – Quando as empresas brasileiras começavam a enfrentar a competição global, predominava a preocupação com a qualidade. Essa doutrinação perdeu força, pois ou as empresas incorporam a qualidade ou não sobrevivem. A inovação adquiriu um significado mais amplo, como inovação em negócios e em gestão.

IE – E o que será inovação daqui a 15 anos?

Bignetti – Eventos, crises e rupturas poderão mudar o rumo da competição no mercado e alterar a forma como vivemos. Apesar disso, é possível pensar que a inovação virá da convergência digital, dos avanços em biotecnologia e nanotecnologia, da preocupação com a sustentabilidade e do setor de serviços, cujo crescimento já é acelerado.

Fonte: ZH

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Visita a Fortaleza - CE


Olá,

A Innoscience esteve na semana passada coordenando o Workshop de Gestão da Inovação junto ao SESI - CE. Nesse dia foi possível discutir com importantes lideranças do SESI local os conceitos de inovação e sua aplicação na realidade da organização. O dia foi bastante movimentado contando com trabalho em grupo, brainstorming entre outras práticas que a Innoscience utiliza para fomentar a inovação. Fica o nosso agradecimento pela acolhida recebida bem como pelo produto gerado ao final do workshop.

Abs
Max

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Saraiva vai vender filmes online



Olá,
Seguindo o caminho de sucesso trilhado por sites de música on-line, tal qual o iTunes, agora a Saraiva busca romper o paradigma da locação de filmes. A idéia é criar um locadora on-line, na qual os usuários poderão tanto locar quanto comprar filmes. A idéia tem potencial para se tornar uma inovação caso traga os resultados esperados. E você, o que acha? Será que esse novo modelo vai dar certo? Você assiste filmes no computador? Deixe sua mensagem...




Saraiva vai vender filmes online

O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, estará entre nós amanhã. Ele vai falar no Tech-Ed 2008, um evento voltado para desenvolvedores de software. E vai apresentar uma novidade muito empolgante para quem não vê a hora de colocar seu media center para funcionar: a Saraiva vai lançar um serviço de aluguel e venda de filmes sob demanda.
O serviço, tratado internamente como Saraiva On Demand, ainda não tem um nome oficial nem uma data de lançamento, mas sabemos que a estréia deve acontecer ainda este ano. O protótipo do software já está em funcionamento e será exibido por Ballmer na apresentação de amanhã.
É uma notícia supreendente, pois muita gente (e eu me incluo entre esses céticos) duvidava que veria tão cedo um serviço de venda digital de filmes aqui no Brasil. As tentativas de vender músicas online não são exatamente um sucesso.
Além dos complicadores das travas digitais, a tecnologia conhecida pela sigla DRM (digital rights management), o preço das faixas é alto e muitas das lojas não vendem arquivos compatíveis com o onipresente iPod, da Apple.
A própria Apple, diga-se, parece não ter o menor interesse em abrir sua loja de arquivos para os brasileiros, pelo menos por enquanto. A explicação é simples: a burocracia para obter a liberação das gravações é enorme. É preciso negociar com gravadoras, músicos e compositores. Num mercado dominado pela pirataria de CDs, fica difícil encontrar um porquê para investir.
Mas o mundo do cinema é diferente. "Há menos partes interessadas", diz Marcilio Pousada, presidente da Saraiva. É claro que os estúdios estão preocupados com a proteção dos seus direitos. Mas a complexidade é bem menor, e Hollywood teve o benefício de poder aprender com as frustrações da indústria musical. Pousada diz acreditar em um modelo "legalizado para os donos de conteúdo e legal para os consumidores".
Ainda não se definiram os preços nem os detalhes das regras de uso dos filmes. A Saraiva, que está conduzindo o projeto, ainda está em negociações com os estúdios. Mas sabe-se que todos os grandes estão envolvidos e já existem títulos aprovados para a venda pelas matrizes, em Los Angeles. Os filmes terão a mesma qualidade de imagem dos DVDs e contarão com os mesmos recursos dos discos: várias trilhas de áudio, legendas em mais de uma língua e eventualmente conteúdo extra.
Como sabem todos os varejistas, e também a Saraiva, a venda de discos plásticos está com os dias contados. Vai demorar até que os CDs e DVDs sumam do mapa. Mas eles vão sumir -- ou pelo menos tornar-se irrelevantes. Nos Estados Unidos, a Apple passou a perna no varejo. Hoje, sua loja iTunes já a maior vendedora de música do mundo. O grupo Saraiva, que tem 94 anos de história e 100 lojas por todo o país, está tomando a dianteira no aprendizado dessa nova maneira de vender, e a idéia é que o sistema também sirva para vender músicas no futuro.
A Saraiva On Demand vai funcionar, é claro, com tecnologia da Microsoft. Os filmes poderão comprados ou alugados -- neste modelo, o cliente terá preços diferentes de acordo com o número de dias que terá para assistir o filme. Passada a data de validade, o arquivo pára de funcionar. É exatamente assim que operam os grandes serviços de filmes online nos Estados Unidos: iTunes, da Apple, Netflix e Vudu, para mencionar somente três.
A infra-estrutura técnica, que inclui o desenho do programa que será utilizado para a compra dos filmes e a hospedagem e entrega dos arquivos, foi feita pela TrueTech, uma empresa de tecnologia de São Paulo (em nome da transparência: a TrueTech fornece tecnologia semelhante para os vídeos produzidos pelo Portal Exame).
Existem algumas dúvidas importantes. Os filmes poderão ser vistos no computador, mas ninguém vai sentar na frente do PC com um saco de pipocas no colo. Não se sabe se haverá a possibilidade de queimar o arquivo num DVD. Uma alternativa provável é usar um computador conectado à TV para acessar os arquivos (o videogame Xbox 360, da Microsoft, cumpre esse papel, assim como o Playstation3, da Sony).
Nos Estados Unidos, o movimento das empresas é sempre em duas frentes: criar uma plataforma de software para vender e fazer o marketing dos produtos e um hardware que fica na sala. Ainda não há sinal de que a Saraiva vá fazer algo do gênero. Mas o anúncio de amanhã já é uma notícia e tanto para quem gosta de cinema e comodidade. Quem não vai gostar provavelmente são os donos de videolocadoras.

Fonte : Exame

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Google - Projeto10


Olá,

Tudo bem? Que ótimas discussões sobre a PFIZER! Nossa comunidade apresenta discussões cada vez mais elaboradas! Sinto que estamos construindo um belo caminho. Aproveitamos pra agradecer a todos que participam!
Hoje trazemos uma iniciativa fantástica do Google para fomentar a inovação muito além do Googleplex (sede da empresa). O Google lançou o Projeto10 "uma convocação de idéias para mudar o mundo ajudando o maior número de pessoas possível".
O Projeto10 está estruturado em função de 10 categorias (temáticas) onde poderão ser submetidas as idéias. A primeira seleção será feita via site quando serão eleitas as 20 semifinalistas. As 5 vencedoras serão escolhidas por um comitê da empresa que irá destinar U$ 10 milhões para financiar (funding) as melhores idéias.
No site www.project10tothe100.com você pode encontrar o regulamento, os critérios de avaliação das idéias bem como as questões relativas a propriedade intelectual.
Essa é mais uma iniciativa pioneira do Google para fomentar a inovação. Nem todas as empresas precisam adotar estratégias iguais mas cabe refletir sobre como uma iniciativa dessa natureza poderia auxiliar sua empresa a capturar novas idéias.
E na sua empresa? Isso funcionaria? Que outras idéias surgem a partir desse experimento?
Aguardamos os comentários.
Abs
Max