quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Saraiva vai vender filmes online



Olá,
Seguindo o caminho de sucesso trilhado por sites de música on-line, tal qual o iTunes, agora a Saraiva busca romper o paradigma da locação de filmes. A idéia é criar um locadora on-line, na qual os usuários poderão tanto locar quanto comprar filmes. A idéia tem potencial para se tornar uma inovação caso traga os resultados esperados. E você, o que acha? Será que esse novo modelo vai dar certo? Você assiste filmes no computador? Deixe sua mensagem...




Saraiva vai vender filmes online

O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, estará entre nós amanhã. Ele vai falar no Tech-Ed 2008, um evento voltado para desenvolvedores de software. E vai apresentar uma novidade muito empolgante para quem não vê a hora de colocar seu media center para funcionar: a Saraiva vai lançar um serviço de aluguel e venda de filmes sob demanda.
O serviço, tratado internamente como Saraiva On Demand, ainda não tem um nome oficial nem uma data de lançamento, mas sabemos que a estréia deve acontecer ainda este ano. O protótipo do software já está em funcionamento e será exibido por Ballmer na apresentação de amanhã.
É uma notícia supreendente, pois muita gente (e eu me incluo entre esses céticos) duvidava que veria tão cedo um serviço de venda digital de filmes aqui no Brasil. As tentativas de vender músicas online não são exatamente um sucesso.
Além dos complicadores das travas digitais, a tecnologia conhecida pela sigla DRM (digital rights management), o preço das faixas é alto e muitas das lojas não vendem arquivos compatíveis com o onipresente iPod, da Apple.
A própria Apple, diga-se, parece não ter o menor interesse em abrir sua loja de arquivos para os brasileiros, pelo menos por enquanto. A explicação é simples: a burocracia para obter a liberação das gravações é enorme. É preciso negociar com gravadoras, músicos e compositores. Num mercado dominado pela pirataria de CDs, fica difícil encontrar um porquê para investir.
Mas o mundo do cinema é diferente. "Há menos partes interessadas", diz Marcilio Pousada, presidente da Saraiva. É claro que os estúdios estão preocupados com a proteção dos seus direitos. Mas a complexidade é bem menor, e Hollywood teve o benefício de poder aprender com as frustrações da indústria musical. Pousada diz acreditar em um modelo "legalizado para os donos de conteúdo e legal para os consumidores".
Ainda não se definiram os preços nem os detalhes das regras de uso dos filmes. A Saraiva, que está conduzindo o projeto, ainda está em negociações com os estúdios. Mas sabe-se que todos os grandes estão envolvidos e já existem títulos aprovados para a venda pelas matrizes, em Los Angeles. Os filmes terão a mesma qualidade de imagem dos DVDs e contarão com os mesmos recursos dos discos: várias trilhas de áudio, legendas em mais de uma língua e eventualmente conteúdo extra.
Como sabem todos os varejistas, e também a Saraiva, a venda de discos plásticos está com os dias contados. Vai demorar até que os CDs e DVDs sumam do mapa. Mas eles vão sumir -- ou pelo menos tornar-se irrelevantes. Nos Estados Unidos, a Apple passou a perna no varejo. Hoje, sua loja iTunes já a maior vendedora de música do mundo. O grupo Saraiva, que tem 94 anos de história e 100 lojas por todo o país, está tomando a dianteira no aprendizado dessa nova maneira de vender, e a idéia é que o sistema também sirva para vender músicas no futuro.
A Saraiva On Demand vai funcionar, é claro, com tecnologia da Microsoft. Os filmes poderão comprados ou alugados -- neste modelo, o cliente terá preços diferentes de acordo com o número de dias que terá para assistir o filme. Passada a data de validade, o arquivo pára de funcionar. É exatamente assim que operam os grandes serviços de filmes online nos Estados Unidos: iTunes, da Apple, Netflix e Vudu, para mencionar somente três.
A infra-estrutura técnica, que inclui o desenho do programa que será utilizado para a compra dos filmes e a hospedagem e entrega dos arquivos, foi feita pela TrueTech, uma empresa de tecnologia de São Paulo (em nome da transparência: a TrueTech fornece tecnologia semelhante para os vídeos produzidos pelo Portal Exame).
Existem algumas dúvidas importantes. Os filmes poderão ser vistos no computador, mas ninguém vai sentar na frente do PC com um saco de pipocas no colo. Não se sabe se haverá a possibilidade de queimar o arquivo num DVD. Uma alternativa provável é usar um computador conectado à TV para acessar os arquivos (o videogame Xbox 360, da Microsoft, cumpre esse papel, assim como o Playstation3, da Sony).
Nos Estados Unidos, o movimento das empresas é sempre em duas frentes: criar uma plataforma de software para vender e fazer o marketing dos produtos e um hardware que fica na sala. Ainda não há sinal de que a Saraiva vá fazer algo do gênero. Mas o anúncio de amanhã já é uma notícia e tanto para quem gosta de cinema e comodidade. Quem não vai gostar provavelmente são os donos de videolocadoras.

Fonte : Exame

14 comentários:

Anônimo disse...

eu não assistiria filmes pelo computador mais acho que é uma grande novidade que pode dar muito certo pois tem pessoas que passam muitas horas do dia e da noite na frente do coputador.

Anônimo disse...

logo logo chega um hardware tipi apple tv PRA passer I'd filmed na tv
me parece que comp anunciado falta ims parts do models

Anônimo disse...

concordo. sem outras partes esse modelo não fecha. acredito que no que se refere a tempo a frente da TV não será problema. O Brasil é reconhecido como um países que mais utiliza a internet....

Anônimo disse...

Acho que esse é o caminho a ser seguido para a venda dos filmes no Brasil. É preciso ter uma interface que ligue o desktop aos telões, que estão cada vez maiores, e as video locadoras devem se reinventar para seguirem vivas no mercado.

Anônimo disse...

acho dificil as locadoras se reinventarem.... nos EUA estão cogitando a fusão da Blockbuster com a Circuit famosa varejista de artigos eletronicos, CD, DVD.... dois negócios mortos querendo se juntar! Morte certa.

Unknown disse...

Para saber se o negócio vai ser lucrativo, há que avaliar os investimento e a expentativa de vendas deles. Eu particularmente não assisto filmes pela internet, mas meu filho de 15 anos olharia. e devem encontrar de aqui a pouco uma maneira de possibilitar que possa se ver pela TV.

Florynar Dickel disse...

Hoje eu não assisto filmes no pc, mas com a evolução dos equipamentos e talvez com novos lançamentos de hardware isso se torne mais possível.
Não sei como funciona isso, mas caso a locação seja por download com senha não vejo muita projeção de sucesso.

Anônimo disse...

Me parece que é necessário que a TV se torne um PC para esse modelo ter sucesso.

Anônimo disse...

A idéia é bem interessante, já que parte considerável da população fica certo tempo "on line"... Acredito que essa idéia possa, sim, virar uma inovação e ter sucesso, porém levará algum tempo para ter sua difusão na sociedade. Eu, particularmente, não gosto de assistir filmes desta maneira. Já tentei, mas prefiro o modo convencional... Talvez, no futuro, pense diferente, mas no momento EU não adotaria esta idéia.

Anônimo disse...

pessoal,

cuidado para não avaliarem as potenciais inovações apenas com nossos "olhos" ou seja como se fossem feitas para mim ou para ti.... esse é um dos pecados mais comuns nos empreendedores!

Anônimo disse...

Concordo contigo, Pedro! Pois como citei no comentário acima acredito que daqui um tempo isso será sucesso! Mas, no momento, eu não adotaria esta idéia.
Os empreendedores não devem pensar apenas em "sua opinião própria", precisam perceber o que o mercado solicita...

ANGELO GREGIS TURMA 53 disse...

Eu não assistiria um filme pelo computador, até porque passo mais de 10 horas diárias em frente a um PC. Mas interessante esta nova ferramenta que a Saraiva esta desenvolvendo, acredito também que poderá sofrer muitas criticas por parte de grandes video locadoras como por exemplo a Blockbuster que não aceitará muito bem esta maneira inovadora de se comprar ou locar um arquivo de filme ao locar um DVD.

Anônimo disse...

Saraiva

Como estamos caminhando fortemente rumo a convergência entre os meios de comunicação, principalmente agora com a expansão da TV digital, acredito que a proposta da Saraiva tem tudo para dar certo, pois estamos falando em unir a credibilidade de uma empresa com quase 100 anos de tradição no mercado ao lançamento de uma inovação radical (dentro do mercado brasileiro) quanto ao segmento de locação de filmes. Os fatores que dão previsão de sucesso para a Saraiva são a possibilidade de intercomunicação que os aparelhos digitais estão apresentando de transmitir informações, o que provavelmente não limitará assistir o filme apenas no pc, mas também como por exemplo na sala em uma tv LCD, e também dão sustentabilidade a esse novo tipo de e-comerce os números que a Internet brasileira vem apresentando, os quais podem dar a dimensão do mercado potencial que a que a Saraiva já conhece bem e pode desbravar ainda mais:
• 37 milhões de usuários de Internet;
• 26,3 de usuários Internet banking;
• 60% dos negócios eletrônicos da América latina;
• 3° posição no continente em pontos de acesso com banda larga.
E as projeções para 2010 são:
• 70 milhões de usuários de Internet;
• 32 milhões de e-consumidores;
• 40 milhões de usuários de Internet banking;
• 20 milhões de conexões de banda larga.
Como não ser otimista com um mercado tão amplo e inexplorado neste novo tipo de negócio on-line? Resta agora saber se o software que a Saraiva irá utilizar permitira segurança contra fraudes e cópias de arquivos, fator o qual será o maior condicionante do sucesso do projeto, porque a confiabilidade do funcionamento e a proteção conta pirataria é o maior medo das produtoras, porque em relação ao pagamento dos direitos autorais, não há o que se discutir.

Anônimo disse...

Exemplo claro de uma inovação radical que, para se adaptar ao mercado, deve incorporar melhorias ao longo do tempo. É preciso analisar a questão das cópias e tornar simples a conectividade TV-PC para a idéia decolar.