sexta-feira, 28 de maio de 2010

Microsoft, Dell, Apple e Amazon




Olá,

Um conjunto de notícias do mercado de tecnologia nessa semana merece atenção.

1) O Wall Street Journal analisou as mudanças de estratégia da Microsoft na sua divisão de entretenimento que responde por 11% do faturamento da empresa.
Ainda que o resultado do videogame X-BOX seja representativo, as vendas do MP3 Zune e do software para smartphones foram muito aquém do esperado. O Zune tem 1,4$ do mercado enquanto que o iPOD tem 76%. A empresa de Biil Gates infelizmente não conseguiu, ainda fazer a migração de uma empresa de software de desktop para uma empresa forte na internet, nos dispositivos móveis e nos eletrônicos. Esses resultados, segundo o WSJ, ensejaram uma série de mudanças na estrutura da empresa. A dúvida que fica: Será suficiente?

2) O Valor Econômico publicou considerações de Jeff Bezos, CEO da Amazon sobre o mercado de leitores digitais.
A primeira declaração de Bezos nos últimos 6 meses deram o tom da estratégia da empresa para competir com o iPAD da Apple. Segundo o executivo a empresa irá focar os "heavy users" de leitura, deixando de lado a ideia de ser uma plataforma de mutiaplicativos como seu concorrente. Resta a dúvida: Haverá mercado para crescer de forma significativa nesse segmento? A especialização evitará a migração para a solução da Apple?

3) O Wall Street Journal comunicou que a DELL lançou um "tablet" denominado Streak.
A Dell que vem empreendendo esforços para renovar sua estratégia anunciou a entrada na nova categoria. Especialista no desenvolvimento de desktops, servidores, lap tops e mais recentemente netbooks a empresa pretende usar essas competências para crescer no novo mercado. A pergunta é: O domínio do aparelho será suficiente para garantir uma posição de destaque no novo segmento?

4) O Portal da Exame destacou que a Apple ultrapassou a Microsoft em valor em valor de mercado.
Na quarta feira 26/5 a empresa da maça atingiu US$ 223 bi de valor de mercado ante US$ 216 da empresa de Bill Gates ficando atrás apenas da Exxon Mobil como a empresa mais valiosa do mundo. Nos últimos 5 anos a Apple quintuplicou seu valor de mercado. Há quase uma década a Apple valia US$ 15 bi ante US$ 556 bi da Microsoft. Segundo analistas o valor no setor de tecnologia migrou das empresas, onde a Microsoft dominava, para o consumidor final, onde reina atualmente a Apple e o Google.

As questões acima destacam aspectos fundamentais:
A liderança é temporária. É preciso refinar continuamente a estratégia da empresa.
A inovação é imperativa. Adequações e ganhos de eficiência operacional precisam ser complementados com saltos de inovação.
O foco da inovação mudou do produto, do aparelho para o modelo de negócio.
A Apple entendeu isso como poucas empresas.
Vai seguir sempre na frente? Ninguém pode garantir, nem Steve Jobs.

abraços
Max

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Qual a genética da inovação?


Olá,

Tudo bem? Já comentamos que o gene da inovação é recessivo nas empresas. Que não se transforma uma empresa conservadora num inovador-serial da noite para o dia. É uma caminhada, uma curva de maturidade da inovação. O Felipe Scherer escreveu em nossa coluna no Brasil Economico da sexta feira passada sobre o tema.

Segundo ele:

"Não é obra do acaso a existência em algumas empresas de um ambiente no qual ideias criativas são implementadas com sucesso..." e "Definir uma estratégia de inovação, fomentar a participação das lideranças e avaliá-las pelo envolvimento com o tema, criar mecanismos de reconhecimento e recompensa para os colaboradores, encontrar e determinar fontes que financiem as atividades de inovação, deliberar sobre novas práticas de relacionamento com clientes, fornecedores e parceiros - essas são as ações necessárias à criação de uma cultura corporativa favorável à inovação"

Leia a íntegra da coluna

Boa semana!

abraços
Max

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crescimento, Inovação e Modelo de Negócio


Olá,

Tudo bem? Essa semana uma notícia na imprensa especializada de negócios me chamou atenção. É verdade que não é um tema novo afinal já vinha sendo debatido faz algum tempo. Segundo reportagem da Revista Exame O Boticário, uma das empresas mais prestigiados do Brasil reconhecida pelo seu sistema de franquias e postura inovadora deve ampliar seus tentáculos para aproveitar novos canais de distribuição e outros produtos.
Essa notícia ressalta um dos principais desafios de grandes empresas que querem garantir a continuidade de seu crescimento: Como fazê-lo?
1) De uma só vez ou aos poucos?
2) Com a mesma estrutura ou em uma empresa em separado?
3) Com a mesma marca ou desenvolvendo uma nova marca?
4) Como garantir menor canibilização do modelo de negócio atual?

A estratégia do Boticário parece privilegiar um modelo com o seguinte enfoque:

1) Experimentar para aprender e dar escala
A empresa optou por um projeto piloto de vendas diretas iniciando por 5 franqueados para compreender as dificuldades, resistências e potencialidades do modelo.

2) Separar para crescer
A empresa optou por criar uma unidade em separado a GKDS formada por executivos oriundos do mercado que permita a empresa ter a liberdade de testar novos modelos sem as amarras conceitual de um modelo de negócio já consolidado e de muito sucesso, diga-se de passagem.

3) Focar novos segmentos
A empresa pretende focar o segmento de menor poder aquisitivo que tem sido menor aproveitado por seu modelo e marca atuais, permitindo que a empresa chegue mais perto das líderes Natura e Avon.

O tema da marca ainda não fica claro como será desenvolvido. Segundo um consultor ouvido na reportagem "O maior risco na hora de uma empresa diversificar o modelo de vendas é prejudicar o relacionamento com aqueles que a fizeram crescer", afirma Adir Ribeiro, diretor da consultoria Praxis.

A impressão é de que a partir dessa experimentação a empresa estará em condições de tomar decisões mais definitivas sobre o tema. Como disse Grynbaum, Presidente da empresa, com toda franqueza "Ainda estamos estudando essas novas fórmulas de negócio".

Inovar e crescer em negócios estabelecidos apresenta um conjunto de desafios bastante significativos. O modelo de negócio vigente precisa ser questionado e por vezes repensado para que sejam aproveitadas novas oportunidades. O Case do Boticario evidencia que Experimentação, uma estrutura em separado e o cuidado com as incompatibilidades com o modelo de negócio atual podem ser importantes. É esperar para ver!

abs
Max

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RH e Inovação

Olá,

Estivemos na semana passada com 40 dos principais executivos de RH do país a convite da Revista VOCE RH que realiza o RH Meeting. O evento foi em Aguas de São Pedro no interior de SP. Tivemos a oportunidade de discutir as principais restrições a inovação nas empresas e ao papel estratégico do RH na Construção de uma CUltura de Inovação.

A reportagem no site da Revista Voce RH dá detalhes do evento. Estamos preparando um material com a síntese das discussões para compartilhar coma a comunidade empresarial. Aguardem! Enquanto isso algumas ideias sobre as principais restrições:
"a visão de curto prazo"
"a pressão por resultados hoje ao invés de construção do amanhã"
"a falta de mecanismos de incentivo e reconhecimento"
"a hierarquização excessiva da estrutura organizacional"
"liderança despreparada sobre o assunto"
"ausência de direcionamento sobre o tema"

Na sua visão quais são as principais restrições a inovação?
O RH pode auxiliar? Como?

abs
Max

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O iPAD vai dar certo?


Olá,

Tudo bem? Estivemos no evento RH Meeting 2010 da Revista Voce RH. Muito bom! ótima estrutura e principalmente ótimo público. Gestores de RH de alta gestão das maiores empresas do Brasil.
Discutimos sobre RH, restrições a inovação e como de costume surgiu a Apple como benchmark. Aproveito para convidar vocês a pensar: o iPAD vai dar certo?
Acessem nossa mais recente coluna no Jornal Brasil Econômico abordando o tema.
Abaixo uma pequena parte....
"Com o iPad a empresa criou a iBookstore, por meio da qual pretende disponibilizar diferentes livros, periódicos e revistas, ocupando o mercado de leitores eletrônicos. Não será fácil. Nesse mercado a Apple enfrentará um concorrente estabelecido, o Kindle, da Amazon, que inovou o segmento de leitores digitais".

E segue..

Se existe uma empresa que compreendeu que inovação é mais do que tecnologia, que ela demanda um modelo de negócios completo para sua difusão, e que vem fazendo isso de forma repetitiva é a Apple.

Comentem lá no Jornal!

abs
Max