sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mais do Carro Elétrico...


Olá,

O carro elétrico é uma das invenções com potencial de se transformar numa inovação caso consiga equilibrar alguns aparentes paradoxos. Um deles é o trade-off entre design e velocidade. No entanto, o desafio não pára por aí. As grandes montadoras estão todas investindo em "projetos piloto" para abocanhar essa oportunidade. Como já vimos em outros setores é bem provável que uma inovação nesse segmento seja oriunda de empreendedores como Straubel da Tesla Motors. Contudo, ao focar os atributos convencionais de design velocidade e por consequencia preço alto ele se coloca diretamente em competição pelos consumidores mais atraentes para as grandes montadoras.
Caso adotasse uma outra proposta, enfatizando outros atributos e abrindo mão dos atributos convencionais, ele poderia crescer à sombra das montadoras. A abordagem que a Tata Motors está adotando na construção do Nano tem, numa análise inicial maior potencial de inovação. Para tornar a idéia realidade a um preço próximo de U$ 3 mil a Tata está buscando criar o carro num novo modelo de negócio que permita obter lucros mesmo com um preço e uma margem aparentemente inviável para as grandes montadoras.Outra alternativa para a Tesla de Straubel seria fornecer a tecnologia para as montadoras, ficando com a venda de componentes para os carros elétricos que elas irão desenvolver. O que você acha?

Abs
Max


Eles têm menos de 35 anos e já estão revolucionando o mundo à sua volta. Conheça alguns jovens inovadores eleitos pela revista Technology Review, do MIT, em 2008.

Eleito “O inovador do ano”
JB STRAUBEL, 32. Projeto: engenharia de carros elétricos esportivos. TESLA MOTORS

Você provavelmente nunca ouvir falar dele, mas o engenheiro JB Straubel, da Tesla Motors, é o principal responsável por mostrar que carros elétricos não precisam ser lentos e feiosos. A prova é o Roadster, um automóvel com design premiado capaz de atingir 100 quilômetros por hora em apenas quatro segundos e uma velocidade máxima de 200 km/h. Foi de Straubel a idéia de criar um sistema digital para dar mais estabilidade ao modelo elétrico. Mas sua principal sacada foi um sistema de refrigeração para as 6.831 células da bateria de íon-lítio. Caso uma ficasse superaquecida, todas pegariam fogo. Os quatro primeiros Roadsters saíram de fábrica em junho, por US$ 109 mil. Já há uma lista de espera de um ano pelo modelo. A General Motors apontou esse sucesso como o motivo de ter retomado seu projeto de carro elétrico, o Volt. Enquanto a gigante ajusta seu rumo, a pequena Tesla, liderada por Straubel, já pensa à frente. A idéia é melhorar o Roadster e expandir sua linha, com um sedã e um compacto elétricos. “É incrível o que mais alguns amperes podem fazer”, diz Straubel, enquanto acelera uma nova versão do Roadster, ainda em teste.

Fonte: Época Negócios

9 comentários:

Anônimo disse...

Um passo importante para popularizar os carros elétricos será vencer o lobby da OPEP. Acho que a questão tecnológica não será um barreira intransponível.
Vejo também que existe mercado para esse tipo de veículo, senão vejamos as grandes filas de espera que existem nos EUA para o próximo carro elétrico que a GM está desenvolvendo.

Anônimo disse...

O carro elétrico da Chevrolet é o Chevy Volt.
O Volt é alimentado por 220 baterias de células de íon de lítio, que empurram os motores elétricos que geram o equivalente a 150 cv de potência.
As baterias tem o suficiente de carga para 40 milhas - parece pouco, mas aí que entra o melhor do conceito.
O carro possui um motor movido a E85 (85% de etanol 15% de gasolina), que serve apenas para carregar as baterias e dar força aos motores elétricos - e só é acionado quando a bateria acaba e o carro precisa rodar até algum lugar com uma tomada.
O motor não é para fazer as rodas girarem, e sim para gerar eletricidade, sendo muito mais eficiente do que para rodar diretamente, sem as baterias
O carro pode ser carregado tanto em 120 quanto 240 volts, e leva de 3 a 8 horas para carregar completamente.
Só estará a venda em 2011 nos EUA

Anônimo disse...

no meu entendimento os "inovadores" estão enfocando a necessidade errada! Ao invés de focarem em substituir os atuais carros eles poderiam ser complementares! Como pequenos carros para centro de cidades, carros para ida e volta ao trabalho... como segundo carro! Quem sabe seja o inicio para depois ir subindo.....

Anônimo disse...

A GM tem tantos problemas que acredito seja pouco provavel deles liderarem essa nova onda.....

Unknown disse...

Acho fantástico como segundo carro e para substituir a bicicleta, para utilizar como médio de transporte em distancias curtas, imagina ir rapidamente a supermercado, padarias, etc., perto de casa. Com preço de US$3.000,00, dentro do orçamento da classe media brasileira.

Anônimo disse...

realmente a idéia de focar o segundo carro parece atraente. Para países em desenvolvimento ou determinadas localizações de grandes cidades onde não é permitida circulação dos carros "normais" poderia ser ofertada essa alternativa até como locação diária, quase como um serviço turistico. Pense em Jerusalem na cidade velha ou em ROMA no centro ou em Cuzco no Peru....

Anônimo disse...

Nesse momento focar no segundo carro é uma boa, pois antecipa a adoçào do carro antes de sobrepor a barreira tecnológica do desempenho x autonomia.
Fico me perguntando qual será o impacto no consumo de energia elétrica quando tivermos uma adoção desse carro em massa? Teremos fontes disponíveis para mover toda a frota? A geração de energia elétrica também tem impacto ambiental e podemos estar criando outro problema até maior.

Anônimo disse...

Carro elétrico

Estudos já revelaram que, não só em relação ao caso do carro elétrico mas também em outros projetos ligados aos tradicionais combustíveis utilizados, já seria possível a comercialização de veículos muito mais econômicos, desde que rompessem com o design e o conceito normalmente atribuído à linhas de desenho as quais os modelos devem seguir, motivo o qual provavelmente tem ocasionado insucesso ou desinteresse por esse tipo de projeto as grandes montadoras, e deixando este quase “nicho” para menores (e de tecnologia mais especifica) indústrias do segmento. No meu ponto de vista, mesmo sem conhecer qual a representatividade da TESLA no mercado, uma boa oportunidade de negócio seria, após consolidado o projeto do carro elétrico, a empresa firmar algum tipo de parceria ou joint venture com uma montadora de classe mundial que ainda não tivesse um projeto específico a respeito, e então produzir sob o guarda-chuva da nova marca o veículo, e usufruir de todas as vantagens que uma grande empresa tem ao redor do mundo (como assistência técnica, renome, canais de distribuição, etc), caso contrário ela poderá ter o mesmo fim que tantas outras tiveram, que a medida que começam a crescer no mercado e abocanhar fatia significativa das vendas, provavelmente serão adquiridas por uma concorrente, o que também não deixa de ser uma estratégia e nem um mau negócio.

Anônimo disse...

Acredito que estas barreiras serão facilmente ultrapassadas devido ao aumento da discussão sobre o aquecimento global e os problemas trazidos pela queima de combustíveis fosséis. Sendo assim, é só questão de tempo para que as vendas de carros elétricos aumente e melhorias sejam incorporadas. Fica a dúvida se teremos fontes disponíveis de energia para suprir tal demanda e se isso não causaria um impacto igual ou maior, conforme comentou o colega acima.