sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A Visão de Gerdau sobre a Inovação...


Olá,

Tudo bem? Estou em Teresina no Piaui realizando um projeto da Innoscience e recebi um email da Revista Amanha www.amanha.com.br com uma entrevista do empresário Jorge Gerdau. Ele responde a diversas perguntas de grandes executivos como o Presidente da Lojas Renner, Reicardo Filizola, Anotnio Tigre da RBS entre outros. Uma das respostas chamou minha atenção em função de abordar o tema da inovação. Transcrevo abaixo.

Ricardo Felizzolla, da Altus - A tecnologia e a inovação formam um fenômeno que se repete em comunidades que têm ambientes propícios a isso, onde se destaca a atitude empreendedora. Hoje, tudo que é criado numa ponta do mundo chega rapidamente do outro lado. Isso gera inovação, que produz riqueza às empresas. Empresas estas que, há dez anos, não existiam, e que hoje faturam bilhões. Vejo esses processos como as duas turbinas de um avião: uma é a gestão e a outra a inovação. Qual o segredo para começar, continuar e perpetuar um empreendimento?

Gerdau - Na Gerdau, são 18 processos e em todos tentamos ser benchmark. Temos que captar recursos mais baratos, capacitar gente, trabalhar métodos. Inovação é inerente aos processos. Mesmo na vida individual, o empresário tem que se capacitar, inovar a atitude, ter atitude inovadora. Tudo muda e eu, empresário, tenho que ter a capacidade de me adaptar a isso. Hoje, a gente se forma na faculdade e no dia seguinte já estamos superados. Esse é o desafio da vida moderna. É quase assustador, mas preciso buscar a perfeição operacional e a inovação sobre todos processos que executo. O mundo se move para quem se mobiliza mais. É um desafio fantástico e que precisa incorporar a palavra benchmark. Deveria existir isso no setor público, mas não há. Como consequência, a sociedade é obrigada a carregar uma estrutura extremamente conservadora.

Sempre que Jorge Gerdau fala sobre inovação é interessante pararmos para ouvir. Sua visão sobre o tema nessa entrevista tem três pontos essenciais:

- Visão Ampliada de Inovação: Para ele fica claro que a inovação não é apenas um produto mas um tipo de movimento a ser feito em todos os processos da empresa.
- Visão Atitudinal da Inovação: Para Gerdau inovação tem a ver com a atitude do empresário. Noutra perguntas que encontra-se no site da Amanha ele diz que o empreendedor "é um animal de caça" em face de sua busca constante pelas novas oportunidades.
- Visão Integrada da Inovação: Fica claro que na visão do empresário a inovação deve ocorrer junto com a gestão como mais uma prática organizacional e não em um processo separado apenas para os "eleitos".

Vale pensar no assunto. Como a inovação é tratada na sua empresa?

Compartilhe conosco.

Abs
Max

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Funding para Inovar...

Olá,

Tudo bem?

Estamos preparando a nova edição do CORREIO DA INOVAÇÃO. Se você quiser receber as edições antigas envie email para innoscience@innoscience.com.br

Abaixo publico uma relação de sites e empresas nas quais é possível obter informações sobre recursos financeiros para inovação.

Vale conferir!

abs
Max


• FINEP: http://www.finep.gov.br/
• MCT: http://www.mct.gov.br/
• SCT – RS: http://www.sct.rs.gov.br/polos
• CNPq: http://www.cnpq.br/
• SEBRAE: http://www.sebrae.com.br/paginaInicial
• BNDES: http://www.bndes.gov.br/
• Banco do Brasil: http://www.bb.com.br/
• BID: http://www.iadb.org/?lang=pt
• FINEP:http://www.finep.gov.br/
• CRP Participações: www.crp.com.br
• Buffalo Investimentos: www.buffaloinvest.com.br
• Capital Semente: www.confrapar.com.br
• DGF Investimentos: www.dgf.com.br
• Eccelera: www.eccelera.com
• Fir Capital: www.fircapital.com
• Gavea Angels: www.gaveaangels.org.br
• Gávea Investimentos: www.gaveainvest.com.br
• GP Investimentos: www.gp-investments.com
• Ideiasnet: www.ideiasnet.com.br
• Intel Capital: www.intel.com/capital/
• Jardim Botânico Partners: www.jbpartners.com.br
• Monashees Capital: www.monashees.com.br
• Prosperitas: www.prosperitas.com.br
• Rio Bravo: www.riobravo.com.br
• Stratus: www.stratusbr.com/
• UBS Pactual: www.ubspactual.com.br

quinta-feira, 30 de julho de 2009

De novo a Starbucks... experimentando...


Olá,

A Starbucks maior rede de cafeterias do mundo está buscando as mais variadas alternativas para recuperar seu prestígio e voltar a crescer. Já abordamos nesse blog alguns movimentos de inovação aberta e experimentação como o caso do "Cartão Pré-Pago de Café".

Essa semana apresentamos uma nova iniciativa. Pressionada de um lado pelas cafeterias independentes e de outro pelo Mc Café a empresa está tentando encontrar uma inovação de presença (veja os doze tipos de inovação em www.innoscience.com.br) a partir de um novo modelo de loja. Segundo reportagem no site da Exame, a nova loja foi batizada como 15th Avenue E Coffee and Tea. Segundo a reportagem "a loja procura atrair a clientela oferecendo cafés e chás produzidos da forma mais artesanal possível, em um ambiente repleto de móveis rusticos de madeira".

Interessante a idéia. Parece que aquilo que aportava valor para a Starbucks está na realidade sendo um peso nesse momento de crise. Para nós que atuamos com gestão da inovação cabe analisar o processo de busca de inovações da empresa. Ao invés de tentar remontar por completo seu modelo de negócio numa operação que seria altamente arriscada a empresa optou, como de costume, por iniciar com um projeto piloto que proporcione os aprendizados estratégicos necessários de forma rápida e com baixo custo.

Não se espantem se daqui alguns meses a empresa estiver ampliando esse modelo de loja, ou mesmo, se tiver fechado essa loja recém inaugurada. Sem ousadia, risco e erro não há inovação.

O futuro da Starbucks vai depender de sua capacidade de errar os erros certos que a leve aos aprendizados necessários para o desenvolvimento de novos formatos de lojas.

É esperar e acompanhar para ver!

abs
Max

terça-feira, 28 de julho de 2009

De volta aos trabalhos....adequação x inovação


Olá,

Tudo bem? Demoramos algum tempo mas estamos de volta.... O último mês foi uma correria na consultoria. Projetos e mais projetos. Na última semana participamos do 10o congresso internacional de gestão do PGQP em Porto Alegre e da Reunião Almoço da CICS em Canoas-RS abordando o tema da INOVAÇÃO. No primeiro, eu e Felipe Scherer ministramos um programa de open innovation. Mostramos que essa é uma alternativa viável para empresas de diferentes portes, setores e culturas. Tivemos o prazer de contar com a participação da Miriam Cechin da Silva, Gerente Geral da Banricoop Cooperativa de Crédito nossa cliente relatando sua experiência com o projeto "Idéias de Futuro" que já relatamos aqui no blog.

Na CICS apresentamos um panorama da inovação na crise a partir dos 7 mitos da inovação na crise. Tive o prazer de estar com o pessoal da Paviolli Massas e ser muito bem recebido.

Nessas andanças um tema tem me chamado atenção. Vemos que 3 aspectos minoram o desempenho da inovação nas empresas. Me aprofundarei num deles: as dificuldades de entendimento do conceito.
Lembremos: Inovação é a transformação de novas idéias em resultado.
Aplique o seguinte teste:
- é novo?
- traz resultado?


Quando realizamos programas de capacitação e consultoria a dúvida persiste.
- Qual resultado? Pra ser inovação deve ser um resultado expressivo seja ele econômico ou social.
- Novo em relação ao que? Em relação ao mercado claro.

Não basta ser novo para a empresa. Temos visto empresas que entendem que inovam quando elas adotam práticas que antes não utilizavam mesmo que tais práticas sejam amplamente difundidas nas demais empresas do mercado.
A isso nós chamamos de adequação. Inovação, seja um produto, processo ou prática de gestão deve ser comparada sempre com o mercado. Do contrário não é inovação mas equiparação.

Pense nisso!

Abs
Max

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Inovação de Presença na Nestlé


Olá

Uma dos tipos mais frequentes de inovação é a de Presença, desenvolver novos canais de distribuição para acessar e se relacionar com o cliente. A Nestle Brasil criou há três anos um sistema de vendas porta-a-porta dque agora, conforme reportagem do Valor Economico está chegando no Nordeste do país.

O programa chama "Nestlé vai até você" e funcionava apenas em Estados da região Sudeste, principalmente em bairros onde se concentram consumidores das classes C, D e E.

Segundo a matéria, "com 50 revendedoras no Recife, o sistema deve ser inaugurado na capital pernambucana ainda este mês e deve se expandir para outros Estados da região".

O modelo, inspirado em cases consagrados com Avon e Natura, em seu primeiro ano de funcionamento formou um grupo de 800 revendedoras sendo que hoje somam 6 mil representantes.

Esses representantes vão de casa em casa, vendendo produtos da companhia acondicionados em carrinhos com isolamento térmico. A reportagem destaca que "segundo a companhia, a área de negócios voltados aos consumidores emergentes cresceu 15% no Brasil em 2008 e teve mais de R$ 1 bilhão em vendas".

Sem dúvida a criação de canais de distribuição eficientes e de baixo custo é um dos principais desafios para atendimento desse consumidor. A Nestlé Brasil parece adotar a experimentação como forma de consolidar esse modelo para futura utilização em larga escala.

Você tem alguma experiência de inovação de presença para atender consumidores das classes C , D e E? Conte pra gente que iremos explorar aqui no Innoblog!

Abs
Max

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mais de inovação aberta


Olá,

Tudo bem? Estamos de volta com toda força. Optei por retomar um assunto que está na pauta. A inovação aberta. As empresas precisam romper suas fronteiras originais e buscar recursos dos mais diversos junto a seus clientes, parceiros, canais, fornecedores entre outros para melhorar a produtividade da inovação.

Em Julho a Innoscience ministrará um workshop de Inovação Aberta no Congresso Internacional de Qualidade do PGQP.

Até lá vamos debater o tema. Abaixo transcrevo uma entrevista sobre a questão abordando a inovação aberta nas pequenas e médias empresas.

Vale a leitura!

SDS ESPECIAIS
Max


Inovação aberta não é só para gente grande

Por Katia Simões

Wim Vanhaverbeke: “As empresas que sobreviverão serão aquelas que farão o melhor uso das tecnologias e não necessariamente as mais avançadas”
Co-autor do best seller “Open Innovation: Researching a New Paradigm”, o belga Wim Vanhaverbeke, 49 anos, assegura que a prática da inovação aberta é tão importante para o velho mundo industrial como para os países em crescimento como o Brasil, a China e a Índia. Definida como a troca de conhecimentos e tecnologias entre empresas e instituições, a prática abre caminho para as pequenas empresas ganharem mercado com mais eficiência e qualidade.
O que é inovação aberta?
É o movimento de entrada e saída do conhecimento das empresas e das instituições, entre elas, universidades e centros de pesquisa. É o caminho para colocar novos produtos no mercado, com menos custo e mais agilidade, pois conhecimento e tecnologia são ingredientes cada vez mais caros e complexos.

Como funciona na prática?
O objetivo é somar conhecimentos e tecnologias. Para tanto, é essencial estar preparado para trabalhar em grupo, interagir com vários departamentos não só da própria empresa, mas das empresas parceiras, e fazer com que equipes que inicialmente tinham objetivos diversos, passem a buscar uma solução única com eficiência. O processo não é fácil. Até há pouco tempo, os empreendedores desenvolviam seus produtos internamente, não revelavam seus segredos. Agora é preciso olhar para fora e capturar novas ideias, partilhar conhecimento e tecnologias.

Todo empreendedor está apto a praticar a inovação aberta?
Não. Para olhar além dos seus domínios é preciso ter uma visão aberta, saber dividir objetivos e lucros em proporções iguais. É essencial, ainda, contar com um novo perfil de colaborador, alguém que tenha uma boa rede de relacionamentos e não seja apenas um técnico. Posso dizer que 80% das empresas que visito falham na implantação do conceito de inovação aberta. Entre os exemplos de sucesso estão as gigantes Nokia, Proctor & Gamble e Intel.

As pequenas empresas se enquadram nesse novo cenário?
Claro. Elas são mais flexíveis e ágeis para desenvolver tecnologias específicas, porém precisam ganhar escala e diminuir custos de produção. Isso é possível quando praticam a inovação aberta em parceria com as grandes empresas. Essa relação, porém, tem que garantir vantagens competitivas para os dois lados, somando habilidades e extraindo o melhor de cada um. É importante enfatizar que a relação deve ser de parceria e não de poder ou de domínio do maior sobre o menor.

Qual o estágio da inovação aberta no mundo?
Podemos dizer que a inovação aberta vive o auge da infância. O conceito é conhecido em vários países desde os anos 90, mas só foi efetivado em muitos deles no início desta década. A prática começou nos Estados Unidos, seguiu para a Europa e já chegou à China e à Índia. Não ganhou espaço no Japão e é uma incógnita na América Latina.

Qual o segredo para se alcançar o sucesso com a prática da inovação aberta?
É ter uma visão de negócio, não apenas inovar por inovar. É preciso gerar dinheiro com o desenvolvimento. No mundo, há uma abundância de tecnologias. As empresas que sobreviverão com fôlego financeiro serão aquelas que farão bom uso da tecnologia que criaram e não necessariamente as mais avançadas.