segunda-feira, 14 de julho de 2008

Brasil e China na Inovação


Olá,

Muitas vezes argumentamos que falta dinheiro para inovação.

Em conversa recente, Shang Yong, vice-ministro da Ciência e Tecnologia da República Popular da China, mostra que a China pretende ampliar as parcerias que já existem com o Brasil nas áreas de Ciência e Tecnologia.

Há interesses em saúde, agricultura, biotecnologia e biocombustível. Para isso, pretendem aumentar o investimento de 1,5% do PIB para 2,5% em Ciência e Tecnologia.

Será que os recursos provenientes de tais parcerias têm chegado para as médias empresas brasileiras?

Abs
Max


China quer Brasil como parceiro em programas de inovação
Nos próximos dez anos, a China pretende se tornar a maior potência do mundo no que diz respeito à inovação. E, dentro dessa perspectiva, pretende ampliar as parcerias com o Brasil nas áreas de ciência e tecnologia. Essa foi a tônica das conversas que o vice-ministro da Ciência e Tecnologia da República Popular da China (Most), Shang Yong, manteve na semana passada em sua visita ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Além da bem-sucedida parceria que os chineses já têm com o Brasil na área especial, Yong disse que há interesse em acordos nos segmentos de saúde, agricultura, biotecnologia e biocombustível. Nesse último item, inclusive, ele informou haver a intenção de se instalar laboratórios sino-brasileiros para pesquisas em conjunto com o compromisso da transferência de tecnologias.
Segundo o vice-ministro chinês, nos próximos dez anos a proposta do governo é aumentar, dos atuais 1,5% para 2,5%, os investimentos do Produto Interno Bruto (PIB) em ciência e tecnologia. Yong disse ainda que a China tem interesse em se aproximar da América do Sul e espera que o Brasil possa se tornar um facilitador nessa interlocução.
Para setembro próximo, estuda-se um encontro técnico-científico no Brasil, quando serão apresentadas algumas propostas para o estabelecimento de um grande plano de pesquisa a ser desenvolvido em parceria, incluindo outros países latino-americanos, focando principalmente as áreas de alimento, energia e saúde.
Além do chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais (Assin) do MCT, José Monserrat Filho, também recepcionaram Yong e sua comitiva o secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Elias, o conselheiro Felipe Santarosa, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e representantes do Instituto Brasileiro de Metrologia e Normas Técnicas (Inmetro) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Fonte: Anpei (retirado do inovabrasil)

terça-feira, 1 de julho de 2008

O Erro que deu Certo


Olá,

Tudo bem?

Você sabe que os projetos com alto potencial inovador compartilham um conjunto de características interessantes. Entre elas está o nível de incerteza sobre os resultados, desvios e riscos de sua realização. A tática do plano perfeito nem sempre funciona quando tratamos de inovações, então, o que fazer?
Aprender. Ampliar o entendimento das questões críticas, medir um conjunto reduzido de premissas estratégicas para tentar reduzir o risco e encontrar o modelo definitivo o mais breve possível.
O caso da Locaweb que começou como um site de comercio eletrônico entre empresas do setor têxtil e acabou como a principal empresa de hospedagem do Brasil evidencia que determinadas ações empreendedoras podem abrir oportunidades futuras nunca imaginadas.

O importante é fazer isso no menor tempo e custo possível de modo gerenciado.

Abs
Max


Idéia nasceu de projeto anterior malsucedido
Até um ano antes de fundar uma empresa para oferecer hospedagem e criação de sites, Claudio Gora não fazia a menor idéia do que significava o "www" que via estampado nos ônibus que cruzavam as ruas de San Diego (EUA), onde viveu uma temporada durante o ano de 1996. Foi Gilberto Mautner, engenheiro formado pelo Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), que fez a cabeça do primo para que voltasse ao Brasil para tentar a sorte na internet.
Juntos, compraram um servidor que ficava hospedado em um centro de dados na Califórnia e lançaram o Intermoda, um site que seria usado para promover o comércio eletrônico entre empresas do setor têxtil. Contava a favor do plano o fato de o pai de Claudio, Michel Gora, atuar há anos no ramo, com uma fábrica e uma loja de roupas. A experiência, porém, foi um fracasso.
Depois de quatro meses, o jeito encontrado para pagar as despesas foi alugar o servidor dos EUA para outros negócios que começavam a entrar na internet. Ali nasceu a idéia de montar a Locaweb. Entusiasmado, Claudio Gora voltou a procurar o pai, dessa vez para levantar um empréstimo. Conseguiu obter R$ 30 mil de Michel Gora. "Ele diz que foi mais, mas não foi não", brinca Gilberto Mautner. "O senhor Michel foi nosso investidor anjo."
De lá para cá, dizem os sócios, a Locaweb nunca mais recebeu recursos externos para tocar suas operações. "Foi o único aporte que tivemos até hoje", comenta Claudio Gora. Hoje, de acordo com o relatório HostMapper, que elabora um ranking com as 50 maiores companhias de hospedagem de sites do país, a Locaweb segue na liderança do setor. Em maio, a empresa detinha 18,11% do mercado nacional de hospedagem. As rivais mais próximas detêm participações de 5,13% e 1,8%, respectivamente.
A empresa, que fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 13,3 milhões, tem aproximadamente 400 funcionários. Cerca de 100 deles estão dedicados às atividades de pesquisa e desenvolvimento de novos serviços, como o PABX virtual, uma tecnologia que substitui os tradicionais ramais telefônicos por ligações via internet.
Michel Gora, depois de tantos anos dedicados à sua fábrica de roupas, acabou abandonando os negócios do setor têxtil para aceitar um cargo na companhia de internet. "Ele trouxe a gestão de negócios que faltava para nós", afirma Mautner. Hoje, o senhor Michel atua como presidente do conselho da Locaweb.
Fonte: Valor Econômico

Agradecimento


Olá,

Hoje a tarde realizamos o workshop de inovação no 9o Congresso Internacional de Qualidade para Competitividade do PGQP no Teatro do Sesi, em Porto Alegre, RS. Foi uma ótima oportunidade para compartilhar idéias com um grupo de executivos interessado no tema. Tivemos a oportunidade de introduzir alguns conceitos, apresentar cases e exercitar tais conceitos junto com os executivos.

Gostaríamos de agradecer a todos os participantes!

SDS ESPECIAIS
Maximiliano, Bignetti e Felipe

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Innoscience participa do 9o Congresso Internacional da Qualidade para Competitividade


Olá,

É com grande satisfação que comunicamos à nossos clientes e parceiros a participação da Innoscience – consultoria especializada na gestão da inovação do 9o Congresso Internacional da Qualidade para Competitividade promovido pelo PGQP a ser realizado nos dias 30/06, 01 e 02/07 na FIERGS em Porto Alegre/RS.

A temática do Congresso é Sustentabilidade para Crescer – o futuro responsável em nossas mãos.

No evento os sócios-fundadores da Innoscience Luiz Paulo Bignetti, Felipe Scherer e Maximiliano Carlomagno irão ministrar palestra e workshop sobre Gestão da Inovação. É mais uma oportunidade de desenvolver os conceitos e ferramentas criadas pela Innoscience.

Maiores informações sobre inscrições e detalhamento do programa podem ser obtidos no site http://www.mbc.org.br/mbc/pgqp/hot_sites/9_congresso_inter/


SDS ESPECIAIS
Max

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fábrica de Magia e Inovação




Olá,

Uma empresa que vem trabalhando duro a geração de inovações é a DISNEY. Conhecida por seus desenhos infantis e parques temáticos (EPCOT CENTER, MAGIC KINGDOM....) a Disney vem renovando seus negócios desde que BOB IGER, o novo CEO assumiu a empresa. O relacionamento com a PIXAR que gerou os desenhos Carros entre outros sucessos auxiliou significativamente nessa caminhada.
Mais recentemente a Disney vem replicando um modelo de lançar astros juvenis e transforma-los numa plataforma de novos negócios. Do musical ao DVD, do filme ao videogame. A "velha" Disney já não exite mais. O Mickey Mouse já não é mais o centro dos lucros da empresa. Entretanto, sem dúvida nenhuma, a trajetória da empresa no lançamento e consolidação de novas atrações e, por consequência, produtos, transformou a empresa.
Esse novo modelo, baseado na criação contínua de inovações pode ser o modelo de negócios do futuro no setor. Se isso se confirmar, a DISNEY estará mais bem posicionada que seus principais concorrentes.
O que você acha? Concorda com as mudanças na DISNEY? Acredita que ela pode se livrar do estigma do Mickey Mouse?
Manda sua opinião...

SDS ESPECIAIS
Max


Máquina de produzir estrelas da Disney prepara sua nova aposta
Num estúdio de gravação nesta vizinhança descolada, executivos da Walt Disney Co. dão os toques finais num projeto de máxima importância: preparar uma garota texana de 15 anos para ser a possível sucessora de Miley Cyrus, a estrela de "Hannah Montana".
Enquanto uma rara tempestade primaveril tamborilava nas janelas, executivos da Hollywood Records, da Disney, trabalhavam recentemente com Demi Lovato e sua equipe de empresários para completar seu disco solo de estréia, que será lançado no fim do ano. Até lá, a empresa tem a esperança de que Lovato já será um nome conhecido no mundo dos pré-adolescentes, graças a uma ofensiva multimídia que é agressiva até para os padrões da Disney.
Para a Disney, há poucas tarefas tão cruciais quanto descobrir e desenvolver artistas talentosos que possam dar prosseguimento ao que se tornou uma das maiores minas de ouro de Hollywood: estrelas juvenis cuja capacidade de cantar, dançar e atuar pode ser aproveitada em várias plataformas. "Hannah Montana" produziu não apenas programas de TV e DVDs, mas também discos de sucesso, tours de shows, um filme do show em 3D e, em breve, um filme para cinema e livro. O tour de Cyrus no ano passado, por sua vez, serviu para que a Disney lançasse a banda de galãs adolescentes Jonas Brothers, um dos maiores sucessos do pop atual.
No coração do esforço para o lançamento de Lovato está "Camp Rock", um musical do Disney Channel. O musical será lançado hoje em "pay per view" na TV a cabo nos EUA antes de ser veiculado em rápida seqüência no Disney Channel, Disney.com, na rede ABC e no canal a cabo ABC Family, quando será transmitido simultaneamente pela rádio Disney. A promoção também se estenderá a produtos com a marca "Camp Rock", assim como à trilha sonora do filme.
O filme será lançado em DVD em agosto, quando Lovato já estiver a todo vapor como artista de abertura da turnê de verão do conjunto Jonas Brothers, cujos ingressos já estão esgotados.
O desenvolvimento de novos astros tornou-se mais urgente desde abril, quando a revista "Vanity Fair" publicou fotos de Cyrus coberta apenas por um lençol. A Disney afirmou que a revista "manipulou deliberadamente uma jovem de 15 anos para vender revistas", e a própria Cyrus fez um pedido de desculpa aos fãs. O diretor-presidente da Disney, Bob Iger, reuniu-se com a família Cyrus depois do incidente. Nesta temporada, a audiência de "Hannah Montana" está maior do que na anterior, mas o ibope do primeiro episódio depois do incidente teve uma forte queda, segundo a Nielsen Co. Em setembro passado, outra estrela da Disney, Vanessa Hudgens, de "High School Musical", também se desculpou aos fãs depois que uma foto dela nua apareceu na internet.
A Disney tem uma longa tradição de lançar jovens estrelas que ficam conhecidas durante anos, tanto de maneira positiva quanto negativa. Justin Timberlake, Christina Aguilera, Keri Russell, America Ferrera, Shia LaBeouf e - talvez a mais famosa da turma - Britney Spears, todos foram estrelas da Disney.
A empresa construiu nos últimos tempos uma série de franquias lucrativas que começam no Disney Channel e depois passam pelas várias divisões da empresa. O primeiro sucesso desse esquema surgiu em 2001, com "Lizzie McGuire", estrelando Hillary Duff. Aí veio "High School Musical", o filme produzido direto para a TV a cabo que se tornou um sucesso estrondoso e gerou continuações e versões para o público fora dos EUA e até para o teatro.
Executivos da Disney negam que o sucesso seja resultado de uma linha de montagem de atores mirins. Em vez disso, dizem, é o produto de um longo processo de peneira no qual a empresa encontra bom material e então busca os atores apropriados, em geral em testes de seleção.
"Esperamos um ano para escolher os atores de 'High School Musical', e realizamos testes e mais testes até encontrar as crianças certas", diz Gary Marsh, diretor de entretenimento do Disney Channel Worldwide. "Não podemos criar uma reserva desse tipo de talento por causa da idade, então temos de sempre buscar novos artistas e eles têm de se encaixar nos seriados que estamos produzindo."
Demi Lovato cresceu no Texas, participando de concursos de beleza, estudando teatro, música e aprendendo a cantar, e obteve seu primeiro papel aos oito anos de idade no programa infantil "Barney".
Para iniciantes como Lovato e sua família, a vontade de entrar para o império da Disney é tão grande quanto a necessidade da empresa de descobrir novos artistas. "Depois de oito anos tentando fazer sucesso, quando ele acontece de verdade você fica agradecido", diz Dianna de la Garza, mãe de Demi.
Para a Disney, encontrar o talento é apenas o começo. Ela também tem de descobrir como melhor aproveitar suas estrelas dentro da empresa e como lidar com questões normais da adolescência e exigências dos pais.
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 20 de junho de 2008

As novas inovações da Apple



Olá,

Tudo bem? Você certamente conhece algumas das inovações da Apple como o iPOD e o IPHONE. A Apple é uma das empresas que encara a inovação como algo continuado, não episódico, parte integrada do DNA da empresa. Atualmente, alguns dos experts em inovação como a Forrester Research, estão tentando prever quais serão as próximas inovações da empresa. Será que ela vai trazer um novo computador ? Ou será que ela irá sair definitivamente do ambiente de informática e seguir rumo aos outros cômodos da sala como acredita a Forrester?
Analisando o histórico de inovações da Apple identificamos 3 padrões:
- Usabilidade superior para o usuário
- Design Revolucionário
- Arquitetura integrada

Em nosso entendimento, a lógica da inovação na Apple não está baseada no "onde" inovar mas no 'como" fazê-lo.
E você, tem alguma idéia das futuras invovações da empresa? Comente conosco. Queremos antecipar mais essa tendência.
Saudações Especiais
Max


Oráculos hi-tech tentam advinhar o que Steve Jobs tem na gaveta


Prever quais eletrônicos a Apple pode criar é um dos passatempos favoritos da indústria da tecnologia, de Wall Street e da blogosfera. Os últimos rumores são de que o diretor-presidente Steve Jobs lançará durante um congresso de programadores em 9 de junho uma nova versão do iPhone que pode navegar na internet através de redes 3G, mais rápidas.
Esqueça o mês que vem. É mais divertido imaginar quais os brinquedinhos digitais que a Apple poderá produzir daqui a cinco anos. Claro que a tendência de Jobs à discrição implica que tais previsões geralmente não passam de elucubrações. É só fazer uma busca na internet por "Apple" e "mockup" (modelo) para ver imagens de produtos inventados pelos fãs da Apple.
A última a se debruçar sobre a bola de cristal foi a Forrester Research, com um novo relatório em que imagina os produtos da Apple em 2013. Mas, em vez de prever mochilas a jato ou outras invenções esdrúxulas, a firma de pesquisa usou o histórico da empresa como um guia para suas previsões.
A conclusão da Forrester: apesar de os maiores sucessos da Apple terem sido produtos compactos como o iPod e o iPhone, a empresa também tentará dominar todos os cômodos da casa.
Entre os produtos previstos pela Forrester para a Apple estão molduras com pequenas telas de alta definição e caixas de som que reproduzem através de uma conexão sem fio fotos, vídeos e músicas armazenados num computador em outro lugar da casa. Já existem produtos como esses, mas a Apple pode adicionar seu toque - acrescentando, por exemplo, seu design e uma tela de toque que permita passar de uma imagem à outra com um movimento rápido, a la iPhone.
Para os quartos, a Forrester prevê um "rádio-relógio" que toca música armazenada numa rede caseira. Também é possível o lançamento de um controle remoto universal "AppleSound", também com tela de toque, que permite navegar pela coleção de músicas e trocar a canção que está sendo reproduzida pelo aparelho de som enquanto se passeia pela casa. Este último já está disponível numa versão mais primitiva, através de um aplicativo chamado Signal (www.alloysoft.com), que transforma o iPod Touch e o iPhone em controles remotos para o programa iTunes.
A Forrester também acha que a Apple pode expandir para a casa o suporte técnico oferecido hoje por sua equipe "Genius Bar" nas lojas com a sua marca. Serviços de instalação para produtos da empresa se tornarão cada vez mais importantes à medida que cresce a oferta de eletrodomésticos. "O grau de complexidade pode ser relativamente desafiador se você tem cinco ou seis aparelhos diferentes", diz J.P. Gowder, um dos analistas da Forrester que escreveu o relatório.
Uma porta-voz da Apple não quis comentar os planos da empresa para novos produtos.
Profetizar os rumos da Apple é um passatempo tão popular em parte porque Jobs se mostrou especialista em conquistar mercados que uma fabricante de computadores do Vale do Silício - que já foi conhecida como Apple Computer - jamais deveria dominar. O iPod continua a ser o aparelho de MP3 mais popular, com mais de 70% do mercado, e a Apple se tornou a maior varejista de música dos Estados Unidos, à frente do Wal-Mart Stores. Menos de um ano depois de entrar no mercado de celulares com o iPhone, a Apple se tornou a segunda maior fabricante de celulares inteligentes dos EUA.
Mas a empresa investiu pouco na sala de estar. Tudo que tem é uma caixa para o televisor chamada Apple TV que toca música e exibe fotografias e filmes baixados da internet ou do micro. Mas Jobs já se disse decepcionado com as vendas.
Apesar dos tropeços da Apple, observadores veteranos dizem que o objetivo de Jobs é claro. "Acho que tudo que Jobs está fazendo é se posicionar para dominar totalmente a sala de estar", diz John Seely Brown, professor visitante
da Universidade da Carolina do Sul.


Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Experimentação na Siemens


Olá,

Tudo bem?

Projetos inovadores tendem a ser essencialmente incertos. A melhor maneira de reduzir essa incerteza é por meio de um processo de experimentação estruturado. Por incrível que pareça, o processo de experimentação se aplica a diferentes empresas de diferentes setores para inovações de produto, processo, serviço entre outros tipos de inovação.
Recentemente a Siemens divulgou uma iniciativa pioneira nesse sentido. A empresa criou um Aeroporto "falso" para testar uma gama de novas tecnologias que deverão estar presentes nos Aeroportos do futuro. A reportagem abaixo detalha essa iniciativa e estimula todas empresas a pensar em como reproduzir tais idéias em seus próprios negócios.
Em se tratando de inovações, não há certo e errado antes de receber o feedback do mercado. A única maneira é antecipar esse retorno antes de implementar o produto, processo, serviço ou modelo de negócio em larga escala.
E na sua empresa, vocês realizam algum tipo de experimentacão? Como tem sido? É algo planejado? Compartilhe conosco.
SDS ESPECIAIS
Max


Em aeroporto falso, Siemens testa novas tecnologias
Assis Moreira
05/05/2008

O gigante industrial alemão Siemens construiu um falso aeroporto, sem aviões e sem passageiros, no interior da Baviera, para testar novas tecnologias para infra-estrutura aeroportuária que quer vender em torno do mundo.
"Bem-vindo ao aeroporto do futuro", exclama o porta-voz Franz Friese, na entrada do Siemens Airport Center (SAC), localizado no discreto vilarejo de Fuerth, a alguns quilômetros da cidade de Nuremberg.
É daqui que o grupo alemão quer se tornar a única empresa a oferecer um pacote completo de soluções para o setor, desde gestão de estacionamentos, check-in com telefone celular, identificação biométrica, esteira veloz de bagagem, controle aéreo, até a redução de consumo de energia.
A Siemens se baseia na realidade de aeroportos cada vez mais congestionados - de aviões, de passageiros e de cargas -, no rastro de liberalização, preços baixos das passagens e mais opções de vôo, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos.
Este ano, 2,3 bilhões de pessoas vão passar nos aeroportos em torno do mundo. Até 2010, esse número pode aumentar mais de 40%. O transporte de carga também cresce 6% ao ano. O gargalo tende a piorar com o reforço das medidas de segurança.
Assim, o negócio de infra-estrutura aeroportuária, estimado em ?13 bilhões de euros globalmente, tende a aumentar rapidamente. A Siemens detém apenas ?1 bilhão de euros desse mercado fragmentado, uma gota d'água no seu faturamento total de ? 72,4 bilhões de euros em 2007.
Para mudar isso, o grupo criou a "divisão mobility" no começo do ano, apoiando-se no Siemens Airport Center (SAC), construído em 2005 numa área de 8.500 metros quadrados, para agrupar diferentes áreas de especializações.
Franz Friese começa a visita pelo momento em que o passageiro chega ao aeroporto. A empresa desenvolve o "Sipark", sistema com sensores no estacionamento que guia o passageiro para as vagas. Em outras situações, as câmeras de TV podem identificar os motoristas de carros usados com freqüência nas instalações do aeroporto. Promete facilitar a gestão, otimizar a utilização dos estacionamentos e reduzir fortemente o tempo gasto pelo motorista na busca de vaga. A versão mais moderna será instalada até 2009 no aeroporto de Munique, com 15 mil vagas.
A segunda etapa é quando o passageiro chega no balcão da empresa para fazer o ckeck-in. A Siemens testa sistemas de identificação por impressão digital e por reconhecimento facial em três dimensões, com dados biométricos. A partir daí, o passageiro será identificado pela impressão ou foto eletrônica por onde passar no aeroporto, até embarcar.
Outra opção é o check-in com o telefone celular. Com um software instalado no aparelho, o passageiro pode ainda da reunião na empresa acionar o celular e obter a carta de embarque, transferida na forma de um código de barras com todas as informações do vôo. Também reserva seu assento. Quando chega no aeroporto, é identificado pelo código de barra já embutido no celular.
Friese admite um problema: será necessário integrar o ckeck-in do celular com a identificação digital. "Imagine que alguém dê o telefone para outra pessoa no bar", argumenta. Ele briga um pouco com as máquinas, coloca o dedo, usa o celular, e só na terceira demonstração é que consegue faze-la funcionar - o suficiente para destacar a tecnologia.
Atualmente, só a Lutfhansa faz alguns testes com essas tecnologias. A Suíça e a Eslovênia usam os sistemas para confeccionar passaportes, por exemplo. O problema é menos técnico que político e econômico. Para serem utilizadas, a União Européia precisa chegar a um acordo sobre confidencialidade de dados. E só tem sentido econômico se forem adotadas em larga escala, por muitas companhias e pelos grandes aeroportos. A Siemens acha também que os Estados Unidos continuarão exigindo cartão de embarque em papel por razões de segurança.
Outras inovações envolvem a etiquetagem da mala, que fica invisível mas é monitorada em todo lugar por internet sem fio.
Onde a empresa espera realmente ganhar mais dinheiro é pelo seu sistema de esteira para bagagem, a parte escondida que os passageiros quase nunca vêem. O sistema integra alta resolução de checagem, direcionamento e rastreamento das malas para os diferentes vôos. Na checagem, os problemas são provocados por chocolate e marzipan nas malas, que o sistema identifica como plástico explosivo em alguns casos.
Um novo terminal no aeroporto de Pequim foi o ultimo grande projeto da Siemens, no valor de ? 170 milhões de euros . A empresa diz ter batido o recorde mundial em fazer a transferência da mala de um avião que aterrissa para outro que vai decolar, em apenas 25 minutos - a metade da média atual.
O terminal em Pequim tem mais de 330 balcões de ckeck-in conectados a um sistema rápido de esteira de 1.300 metros. As malas são transportadas através de um túnel de 2,2 quilômetros, e a operação envolve 20 mil malas por hora.
As concorrentes da Siemens nessa área são a FKI, dos EUA, e a Vanderlande, da Holanda. Juntas, tem 30% do mercado, e o resto são mais empresas locais.
A questão de bagagem ocupou as manchetes recentemente com o caos que a British Airways amargou na inauguração do terminal 5 do aeroporto de Heathrow, em Londres, que custou U$ 8 bilhões para ser construído. Nos três primeiros dias, 20 mil malas não seguiram nos aviões que puderam decolar. Outros 208 vôos foram cancelados.
"Não tivemos nada com isso", avisa logo Friese. Mas poupa a concorrente holandesa Vanderlande. "As câmeras de TV apareceram aqui para explicarmos como se poderia evitar os problemas. Mas o caos em Londres foi administrativo, não do sistema de bagagem". O porta-voz alemão lamenta que "infelizmente o Siemens Airport não tem recebido encomendas importantes do Brasil nos últimos anos".

Valor Online