quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Convergencia, Google, Celular e Inovacao


Olá,

Você tem acompanhado as notícias sobre o Google e sua entrada no mercado de telefonia celular? Por outro lado, você já viu a propaganda da Oi Celular oferecendo o uso do celular como meio de pagamento? São duas amostras de inovações potenciais que estão cicundando o mercado de telefonia.

Como será que as grandes operadoras irão lidar com esses desafios? Sabe-se que por barreiras cognitivas, políticas, operacionais e culturais as empresas estabelecidas tem enorme dificuldade de inovar. Por sua vez, os "atackers" tem o mais importante a seu favor: a capacidade de questionar os paradigmas existentes e propor novas formas de fazer negócio.

O seu negócio está sendo ameaçado por uma nova tecnologia, modelo de negócio ou proposta de valor? Será que já não é hora de abordar a inovação de forma sistemática?

Como o Google pode chacoalhar o mercado americano de celulares
Jessica E. Vascellaro
05/11/2007 00:00

Quais são os novos truques que o Google Inc. pode fazer para mudar a telefonia celular?
A resposta poderá vir hoje, quando a companhia anunciar os detalhes do seu mais novo e ambicioso plano. A empresa de buscas e anúncios na internet vai tentar convencer empresas de software a desenvolver uma variedade de novas funções para celulares: desde maior disponibilidade de serviços de localização que automaticamente conectem os usuários a críticas de restaurantes na vizinhança até maneiras de quase que instantaneamente compartilhar fotos com todas as pessoas do caderno de endereços.
Se o Google conseguir animar programadores inibidos pelas dificuldades de fazer aplicativos para celulares, os usuários poderão começar a fazer mais facilmente no celular o que já fazem no computador. Os telefones podem ficar ainda mais personalizados, com a possibilidade de o usuário definir muito mais sua aparência. E, claro, seria mais fácil o acesso a produtos do Google como Gmail, Google Maps, YouTube e outros.
Se a cartada do Google em celulares for adiante, os usuários americanos podem ter acesso a funções hoje existentes em outros países mas ainda raras nos Estados Unidos, como videogame com vários jogadores online ou TV de alta definição.
Há muito tempo a indústria de telefonia celular nos EUA tem sido restringida por empresas e fabricantes que limitam as funcionalidades oferecidas nos celulares. O Google ainda dependerá da cooperação desses leões-de-chácara da telefonia móvel. A quantidade de funções que um telefone do Google terá vai depender de quanto controle as telefônicas e fabricantes de aparelhos vão ceder.
O ponto principal da proposta do Google é fazer com que o software dos telefones seja "aberto" até o nível mais básico, o sistema operacional, a camada que controla as aplicações e interage com o aparelho. Abrir o sistema operacional faria com que programadores independentes tivessem acesso às ferramentas necessárias para a construção de recursos adicionais. O Google não retornou pedidos de comentários.
Por isso, espera-se que o anúncio do Google leve os programadores do Vale do Silício, há tanto tempo isolados da indústria de telefonia móvel, a uma corrida para inventar novas funções para celulares. As especulações destes últimos meses sobre as intenções do Google já causam alvoroço entre os programadores com a possibilidade de criar serviços mais ricos para os celulares.
Padrões abertos "são um enorme estímulo para a gente", diz Max Levchin, diretor executivo da Slide Inc., que cria programas de compartilhamento de mídia para sites de rede sociais, como o Facebook Inc. e o MySpace, da News Corp. Levchin diz que sua percepção da telefonia móvel é como um "jardim fechado com jardineiros demais para agradar". A Slide, uma empresa de 60 funcionários, começou a buscar outras possibilidades para expandir seus serviços para celulares, inclusive os de slideshows de imagens e personalização de sites, "com a suposição de que as coisas irão mudar", diz ele.
Empresas de Internet recém-criadas estavam até agora relutantes em comprometer seus poucos recursos aos celulares. Mas o Google dispõe de uma enorme notoriedade entre programadores. Por exemplo, quando a empresa anunciou na semana passada novos padrões comuns na criação de serviços para sites de relacionamentos, essas empresas novatas ficaram se roendo de curiosidade para saber se os padrões se estenderiam a celulares. "Parece uma evolução natural", diz Michael Dalesandro, presidente da Where I've Been LLC, um serviço que possibilita que o usuário exiba em seu perfil nas páginas de relacionamentos sociais um mapa indicando os países que visitou ou onde morou.
Companhias de vídeo e música para celulares dizem que plataformas abertas facilitarão a construção de novas funções para compartilhar conteúdo entre celulares de operadoras diferentes. E como o software aberto pode facilitar o acesso à internet via celular, espera-se que a iniciativa do Google aumente a quantidade de conteúdo disponível para quem usa celular. (Colaborou Amol Sharma
Fonte: Valor Online

2 comentários:

Anônimo disse...

em se tratando de Google não duvido de nada. Eles tem o mais importante: uma capacidade de questionar as coisas existentes e imaginar o que nunca foi imaginado. Nokias da vida se preparem....

Anônimo disse...

acho que além da nokia, a microsoft deveria abrir o olho também. O Bill Gates já largou para cuidar da vida.