terça-feira, 6 de novembro de 2007

Do discurso à prática


Você está cansado de tanto discurso sobre inovação? De fato, a inovação é a palavra da moda. Entretanto, será que as empresas praticam o que proclamam? Uma recente pesquisa da McKinsey entrevistou mais de 1400 executivos de empresas em todo o mundo e as conclusões foram interessantes. Veja algumas delas:
· Os executivos consideram que a inovação é muito importante, mas a abordagem da empresa com relação à inovação geralmente é informal e os líderes se sentem indecisos em suas tomadas de decisão sobre a inovação.
· Os executivos dizem não ter muito controle sobre o processo de inovação como um todo.
· Menos de 25% dos respondentes indicam que os orçamentos de P&D são decididos no topo da organização.
· Muitos executivos dizem faltar uma abordagem estruturada para a tomada de decisão sobre inovação: embora 40% deles afirmem se basear em fatos sólidos, 37% dizem buscar consenso entre colegas e 21% afirmam basear-se apenas na intuição.
· Menos da metade dos executivos consideram que freqüentemente definem temas para inovações de ruptura.
· Os respondentes indicam que as empresas se voltam principalmente para o desenvolvimento de produtos e serviços.


E que processos os executivos pensam que teriam o maior impacto no aumento do desempenho das práticas de inovação? Veja algumas das respostas:
· Fazer a inovação ser parte central na agenda das lideranças.
· Modelar comportamentos que encorajam a inovação, como a aceitação do risco.
· Melhorar as ferramentas e os processos de gestão dos riscos da inovação.
· Promover o alinhamento da alta administração sobre o papel da inovação como geradora de crescimento.
· Criar e comunicar um sentido de urgência sobre a inovação.


E você, o que pensa sobre os temas abordados na pesquisa?
Saudações,
Bignetti

7 comentários:

Taty disse...

O tema da inovação pode implicar na adoção de uma dada cultura por parte da empresa, ou seja, na referência a uma série de perspectivas que se tenha como meios ou práticas de inovação. É um desafio para as empresas conseguirem alinhar diferentes perspectivas em relação a inovação, de forma que seus colaboradores, possam perceber que suas áreas tem algum tipo de significado no processo de gestão da inovação. Talvez o que se precise seja inicialmente buscar alinhamento entre setores chaves da empresa, em relação ao se pensa e busca em termos de inovação, para que se possa, num segundo momento, disseminar essas idéias na empresa, sempre buscando diálogo e abertura a novas concepcões e idéias que possam se juntar ao longo do processo. Assim, uma concepção inicial de inovação poderá ser enriquecida pela colaboração de novos setores da empresa.

Anônimo disse...

realmente o nivelamento conceitual interno é'um momento fundamental, especialmente se considerarmos o grau de ambiguidade e divergência de diferentes autores sobre o tema.
a empresa precisa deixar claro o que é inovação "para ela" e como ela se dará "na empresa X".
É um bom início de caminhada...

Rosana disse...

Mudar inovação de discurso à prática pressupõe aumentar o grau de tolerância nas organizações. Igualmente o valor financeiro destinado a pesquisa. Ora, se falamos de pesquisa para inovação, pode-ser ter ou não êxito no resultado dela, o que não desqualifica a pesquisa em si. Ocorre que a atual realidade brasileira não permite ao empresário "atirar" sem o alvo no centro na mira....e assim, mais se discursa do que se pratica inovação ! (Rosana)

Anônimo disse...

Os executivos colocam que a inovação é geradora de crescimento, então porque tanta dificuldade em criar mecanismos que incentive a organização a inovar? Será pq ainda não conseguem aceitar o risco?? Me parece um pouco contraditório, pois sabem que gera crescimento, mas não querem aceitar o risco.

Rudy Höltz disse...

Vou reproduzir uma visão que provavelmente recebi do professor Eric Dorion da UCS. A inovação é um grande salto, uma quebra de paradigmas, é amiga do erro, parceira da tentativa e prêmio maior para quem arrisca fazer diferente. A qualidade prega o ganho incremental, a melhoria contínua, é inimiga do erro, parceira dos procedimentos e obtém resultados previsíveis. Talvez esta profunda dicotomia seja o que leva muitas empresas a isolar suas áreas de pesquisa numa redoma de vidro, mas os empresários continuam com a ingrata tarefa de decidir o que mudar num time que está ganhando. Rudy Höltz.

Anônimo disse...

A empresa poderia valorizar funcionários que tragam idéias inovadoras que possam ser aplicadas por ela.
A meu ver muitas idéias inovadoras existem nos diversos níveis da organização, criar uma forma de aproveitá-las e valorizar seus criadores parece ser uma forma possível de aumentar o grau de inovação. Ainda, para empresas de pequeno/médio porte me parece fora da realidade criar um grupo com função específica de inovar ou algo assim..

Anônimo disse...

Julio, acho que podemos criar um grupo de inovaçao numa pequena empresa, é claro que essas pessoas não vão ficar o dia inteiro envolvidas nisso. É a minha opinião.