Você está cansado de tanto discurso sobre inovação? De fato, a inovação é a palavra da moda. Entretanto, será que as empresas praticam o que proclamam? Uma recente pesquisa da McKinsey entrevistou mais de 1400 executivos de empresas em todo o mundo e as conclusões foram interessantes. Veja algumas delas:
· Os executivos consideram que a inovação é muito importante, mas a abordagem da empresa com relação à inovação geralmente é informal e os líderes se sentem indecisos em suas tomadas de decisão sobre a inovação.
· Os executivos dizem não ter muito controle sobre o processo de inovação como um todo.
· Menos de 25% dos respondentes indicam que os orçamentos de P&D são decididos no topo da organização.
· Muitos executivos dizem faltar uma abordagem estruturada para a tomada de decisão sobre inovação: embora 40% deles afirmem se basear em fatos sólidos, 37% dizem buscar consenso entre colegas e 21% afirmam basear-se apenas na intuição.
· Menos da metade dos executivos consideram que freqüentemente definem temas para inovações de ruptura.
· Os respondentes indicam que as empresas se voltam principalmente para o desenvolvimento de produtos e serviços.
E que processos os executivos pensam que teriam o maior impacto no aumento do desempenho das práticas de inovação? Veja algumas das respostas:
· Fazer a inovação ser parte central na agenda das lideranças.
· Modelar comportamentos que encorajam a inovação, como a aceitação do risco.
· Melhorar as ferramentas e os processos de gestão dos riscos da inovação.
· Promover o alinhamento da alta administração sobre o papel da inovação como geradora de crescimento.
· Criar e comunicar um sentido de urgência sobre a inovação.
E você, o que pensa sobre os temas abordados na pesquisa?
Saudações,
Bignetti
7 comentários:
O tema da inovação pode implicar na adoção de uma dada cultura por parte da empresa, ou seja, na referência a uma série de perspectivas que se tenha como meios ou práticas de inovação. É um desafio para as empresas conseguirem alinhar diferentes perspectivas em relação a inovação, de forma que seus colaboradores, possam perceber que suas áreas tem algum tipo de significado no processo de gestão da inovação. Talvez o que se precise seja inicialmente buscar alinhamento entre setores chaves da empresa, em relação ao se pensa e busca em termos de inovação, para que se possa, num segundo momento, disseminar essas idéias na empresa, sempre buscando diálogo e abertura a novas concepcões e idéias que possam se juntar ao longo do processo. Assim, uma concepção inicial de inovação poderá ser enriquecida pela colaboração de novos setores da empresa.
realmente o nivelamento conceitual interno é'um momento fundamental, especialmente se considerarmos o grau de ambiguidade e divergência de diferentes autores sobre o tema.
a empresa precisa deixar claro o que é inovação "para ela" e como ela se dará "na empresa X".
É um bom início de caminhada...
Mudar inovação de discurso à prática pressupõe aumentar o grau de tolerância nas organizações. Igualmente o valor financeiro destinado a pesquisa. Ora, se falamos de pesquisa para inovação, pode-ser ter ou não êxito no resultado dela, o que não desqualifica a pesquisa em si. Ocorre que a atual realidade brasileira não permite ao empresário "atirar" sem o alvo no centro na mira....e assim, mais se discursa do que se pratica inovação ! (Rosana)
Os executivos colocam que a inovação é geradora de crescimento, então porque tanta dificuldade em criar mecanismos que incentive a organização a inovar? Será pq ainda não conseguem aceitar o risco?? Me parece um pouco contraditório, pois sabem que gera crescimento, mas não querem aceitar o risco.
Vou reproduzir uma visão que provavelmente recebi do professor Eric Dorion da UCS. A inovação é um grande salto, uma quebra de paradigmas, é amiga do erro, parceira da tentativa e prêmio maior para quem arrisca fazer diferente. A qualidade prega o ganho incremental, a melhoria contínua, é inimiga do erro, parceira dos procedimentos e obtém resultados previsíveis. Talvez esta profunda dicotomia seja o que leva muitas empresas a isolar suas áreas de pesquisa numa redoma de vidro, mas os empresários continuam com a ingrata tarefa de decidir o que mudar num time que está ganhando. Rudy Höltz.
A empresa poderia valorizar funcionários que tragam idéias inovadoras que possam ser aplicadas por ela.
A meu ver muitas idéias inovadoras existem nos diversos níveis da organização, criar uma forma de aproveitá-las e valorizar seus criadores parece ser uma forma possível de aumentar o grau de inovação. Ainda, para empresas de pequeno/médio porte me parece fora da realidade criar um grupo com função específica de inovar ou algo assim..
Julio, acho que podemos criar um grupo de inovaçao numa pequena empresa, é claro que essas pessoas não vão ficar o dia inteiro envolvidas nisso. É a minha opinião.
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