domingo, 10 de agosto de 2008

Óculos Mercedes?


Olá,

A busca pelo crescimento estimula as empresas a desenvolverem novos produtos, serviços, mercados e modelos de negócio. A Mercedes-Benz uma das marcas mais luxuosas do mundo, reconhecida pela produção de carros de luxo está entrando num novo mercado. A empresa lançou óculos com a marca Mercedes-Benz.

Será que tal inicitiva tem potencial para se constituir numa inovação? Que aspectos deveríamos avaliar para identificar esse potencial? Será que a permite essa variação? Como a iniciativa deve ser conduzida. Na mesma estrutura da empresa mãe? Com a mesma equipe, processos, políticas e gestão da empresa mãe?

Quando uma empresa deve conduzir uma iniciativa dessa natureza por intermédio de sua estrutura existente e quando deve separar num "spin out" para outra unidade?

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Luxo nos óculos
Grifes como Tiffany e Mercedes- Benz entram no mercado da moda e alcançam novo público

DANIELA MENDES

No mundo fashion, combinar a roupa com acessórios como bolsa e sapato sempre foi a regra. Agora, como a ordem é harmonizar a produção também com os óculos de sol, marcas de luxo que nada têm a ver com a fugacidade da moda resolveram entrar neste mercado. A Tiffany, de jóias, e a Mercedes- Benz, de carros, lançaram recentemente coleções de óculos, seguindo os passos de grifes como Cartier (jóias) e Mont Blanc (canetas). "É uma maneira de dar um toque de atualidade e modernidade, além de alcançar um novo público, que não tem dinheiro para adquirir os produtos tradicionais dessas marcas", diz a publicitária Heloísa Omine, professora de varejo e moda da Universidade Anhembi-Morumbi.

Não que eles sejam baratos. Os óculos Tiffany ainda não são vendidos no Brasil, mas lá fora custam entre US$ 380 (R$ 600) e US$ 1.150 (R$ 1.815). Um par Mercedes-Benz custa entre R$ 800 e R$ 1.500 (por causa dos impostos, quase três vezes o preço cobrado no Exterior), mas atende ao desejo de quem gostaria de possuir o carro Mercedes-Benz e não pode. "Já que não tenho um na garagem, tenho no rosto", diz o consultor Nuno Duarte, dono de um Volvo, um Land Rover e um Gol. Com 14 modelos de óculos diferentes no armário - dos esportivos aos mais sofisticados -, ele decide qual usar de acordo com a ocasião, a roupa, a pasta e até o carro. "Antigamente, o brasileiro não cultuava o hábito de ter um leque de opções para usar. Mas ele começou a entender que não precisa ir ao casamento e à balada com os mesmos óculos", diz Francisco Ventura, dono das Óticas Ventura, de São Paulo, e professor do Istituto Europeo di Design e de moda em ótica no Senac. "E hoje há modelos para cada ocasião."

O mercado premium, dos consumidores dispostos a desembolsar uma pequena fortuna por um par, também é promissor. "Temos uma edição limitada da Cartier, que custa R$ 15 mil, e existe até fila de espera", diz Ronaldo Pereira, diretor- executivo da General Optical. Na Ventura, em dezembro passado, foram confeccionados seis pares de um modelo em ouro, que custam R$ 23 mil cada. Quatro já foram vendidos. No Brasil, o conceito de novas coleções a cada temporada, com preços mais caros para os lançamentos e mais baratos para os mais antigos, começa a chegar agora. A empresária Priscila Saada adquiriu um Tom Ford, uma das grifes mais desejadas do momento, em uma recente viagem ao Chile e fez questão de comprar um da nova coleção. "O modelo clássico já está à venda nos camelôs aqui do Rio", diz ela.

Nos Estados Unidos, os óculos estão roubando das bolsas o prestígio de acessório mais desejado pelas mulheres. Lá, nos últimos meses, os preços subiram de uma média de US$ 250 (R$ 395) para US$ 350 (R$ 552), mas o mercado continuou aquecido, cresceu 10% no ano passado - enquanto isso houve uma queda de 14% nas vendas de bolsas. É questão de tempo para a tendência chegar por aqui.
Fonte: Istoé

7 comentários:

Jorge Alfonso Molinare disse...

A Mercedes quer aproveitar o lançamento de óculos para lançar a marca como grife. Minha dúvida é como os compradores de carros Mercedez se sentirão ao ver óculos com a marca Mercedez. Quem tiver óculos poderá falar eu tenho uma Mercedez. Eu gosto mas da ideia é que de quem têm já o carro somente possa comprar os produtos da marca.

Anônimo disse...

essa idéia vem na linha com o que a ferrari e a porsche já fazem com bastante sucesso. hoje podemos comprar até mesmo computadores com a marca ferrari. acredito que esse tipo de receita, vinda de produtos que nao sejam os próprios carros deve ser bem significativa para as empresas.

Anônimo disse...

No site da ACI NH, tem um link sobre Projeto Inovação - Captando idéias inovadoras e gerando negócios. O site é http://www.acinh.com.br/inovacao/.

Anônimo disse...

Max, eu entendo que esta estratégia da Mercedez não contempla uma inovação, mas sim uma ampliação de portfolio uma vez que o produto será o mesmo, porém com o logo Mercedez. Talvez se eles estivessem adicionando uma tecnologia, uma matéria-prima mais durável ou uma lente com maior capacidade de bloqueio de raios, poderíamos considerar uma inovação. Além disso, acredito que um dos objetivos seja justamente, segundo Daniela Mendes, atingir um público que almeja um produto Mercedez-Benz, e como não tem "buying power" para um carro Mercedez, acaba satisfazendo a sua necessidade com outro produto.
Em termos de aplicação de estratégia propriamente dita, talvez o estabelecimento de uma rede seria mais interessante visto que Mercedez tem baixa competência nesse mercado álem dessa estratégia ter baixa importância dentro da empresa, portanto, entendo que o ideal seria esta nova estrutura não estar sob a mesma gestão da empresa mãe.

Anônimo disse...

Concordo com o que o Fernando comentou. Acredito que o lançamento do óculos Mercedez não constitui inovação e sim uma diversificação nas linhas de produtos da empresa. A marca quer se aproveitar da necessidade de status das pessoas para lançar a idéia de grife e expandir suas vendas.
Quanto à estrutura, mesmo se tratando de um mercado diferente, não vejo problema da unidade de produção de óculos seguir as mesmas políticas da empresa mãe, afinal, mesmo sendo um produto muito mais barato que um carro, o óculos da grife também atingiria um público de classe alta em busca do status de carregar a estrela de três pontas consigo.

Anônimo disse...

A iniciativa da Mercedes veio baseada em resultados de outras empresas que "variaram" seu leque de opções e que, pela "fama" da marca acabou sendo aceita pelos consumidores, principalmente pelos que não possuem um carro Mercedes mas que agora podem possuir um óculos Mercedes. Porém resta saber, como os colegas comentaram, se os consumidores que ainda são o negócio principal da Mercedes (de carros) vão aceitar esta idéia.

Anônimo disse...

Acho que os compradores dos carros não vão se importar com aqueles que usam os óculos da marca. Na época que fabricavam o classe A 100 daí sim havia um problema de posicionamento da marca, mas com acessórios não dá nada.