quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Otimizando a inovação no Fleury


Olá,

Tudo bem?
Continuando nossa cruzada rumo a melhoria da performance da Gestão da Inovação nas empresas brasileiras selecionamos uma notícia referente ao Fleury Medicina e Saude. Uma mudança de política no processo de geração de novas idéias gerou significativa redução o tempo de desenvolvimento de novos produtos.
A projeção da empresa é aumentar o número de novos lançamento de 50 para 81 em 2008. O mais interessante é que a empresa conseguiu isso a partir do redirecionamento do fluxo das idéias. Anteriormente elas eram encaminhadas os chefes diretos ao passo que agora são destinadas a um grupo centralizado, a diretoria de inovação.
Mas será que essa é a melhor solução em todas as empresas? Será que isso não irá tirar os "chefes" do programa de inovação? Que outras formas poderiam ter sido utilizadas para melhorar a produtividade da inovação mas, ao mesmo tempo, aproveitar a participação das chefias?
São assuntos que envolvem dimensões importante do Octogono da Inovação como Pessoas, Lideranças e Estrutura. E na sua empresa, como isso é feito?
Compartilhe suas idéias conosco.
SDS ESPECIAIS
Max




Ordem na bagunça

O grupo Fleury, de medicina e diagnóstico, reduziu de 60 para 21 dias o tempo de desenvolvimento de novos produtos desde outubro de 2007. O feito é resultado de um novo método de captação de idéias dentro da companhia. Os empregados, que antes faziam sugestões aos chefes diretos e raramente tinham algum retorno, agora submetem projetos a uma diretoria de inovação e recebem dois pareceres sobre as propostas dentro de um prazo máximo de 25 dias. Com isso, o número de lançamentos feitos pelo Fleury deve aumentar de 50, em 2007, para 81, em 2008

Fonte: Revista Exame

12 comentários:

Anônimo disse...

acho importante que esse grupo de inovação seja centralizado e que trabalhe com critérios bem definidos para seleção das idéias. Caso contrário ficamos dependentes de nosso chefe "comprar" a idéia e querer tocar em frente.

Anônimo disse...

Acredito que a melhora tenha ocorrido especialmente porque a empresa passa a ter uma equipe que analisa as sugestões, afinal muitas vezes apenas uma pessoa (neste caso, a chefia), não consegue visualizar o potencial, nem de que forma poderia se desenvolver uma idéia. A história nos mostra que muitas vezes, empresas conceituadas não conseguem enxergar o potencial de um novo produto, o que prova quão sério e complicado é este processo.
Ainda assim, a chefia sempre estará presente no processo, mas em um caráter mais estratégico do que de desenvolvimento, decidindo quais inovações serão implantadas e de que forma isto será realizado.

Anônimo disse...

Acho muito bom este método adotado pela Fleury. Com o retorno que agora é dado aos empregados, deixa-os motivados a sempre sugerirem novas idéias. Também facilita a chefia, pois chegarão até eles apenas idéias selecionadas pela diretoria de inovação, não tirando o tempo da chefia. Outra empresa que pratica esta mesma política no processo de geração de novas idéias é a Artecola de Campo Bom. Eles possuem um setor apenas para sugestões de novas idéias dos empregados. As idéias passam por triagem e se estas forem usadas pela empresa como soluções inovadoras o criador da idéia recebe incentivos.

Unknown disse...

A empresa ao ter um departamento que cuide das sugestões, mostra que as inovações são importantes para toda a companhia, criando equipes profisionais na área.
os gerentes normalmentes estão preocupados com o dia a dia.

Anônimo disse...

eu entendo que essa política possa gerar maior resistência das chefias! Se não houver alguma forma delas serem valorizadas/inseridas no processo poderão adotar comportamento contrário....

Anônimo disse...

é importante não confundir sugestões x inovações. sugestões podem ser de coisas bem pontuais, nada estratégicas e inovadoras. Minha dúvida é como diferenciar essas questões.....

Anônimo disse...

Olá, vejam no site abaixo, o Simpósio de Inovação que irá ocorrer em Singapura em Dezembro desse ano.
http://www.ispim.org/symposium/files/ISPIM08_Symposium_Flyer.pdf

e outro evento de inovação que ocorrerá em 2009 na Austria.
http://www.ispim.org/conference/

Anônimo disse...

esse ponto da diferença do que é realmente inovação de apenas coisas pequenas, levantado pela marcia é muito importante. muitas empresas criam programas de sugestões e esperam que venham idéias inovadoras e acaba resultando somente em pequenas melhorias. acho que um começo para diferenciar essa questão é definir questões estratégicas que a empresa quer inovar.

Anônimo disse...

Achei interessante a diminuição de prazo para novas inovações de 60 para 21 dias, mas acho também que como o Prof. Bignetti sempre diz que pra ser inovador não basta ser novo,a análise do que será entregue como projeto a chefia acredito que deve acontecer, porque assim é analisado previamente o que realmente possa a vir ser um projeto inovador.

Unknown disse...

quando falou de sugestões, me refiro que elas vão ajudar nas inovações incrementais. Que de acordo com Tigre (2006)são relacionadas as melhorias e modificações cotidianas, que são consideradas o nível mais elemental de mudanças tecnolólicas.

Anônimo disse...

Já que hoje em dia é complicado encontrarmos profissionais ao mesmo tempo experientes, competentes, flexíveis e abertos à novas idéias , acredito que seja extremamente importante a empresa criar uma diretoria somente voltada para inovação. Futuramente, com o crescimento da importância da gestão da inovação no mercado, creio que os líderes estarão mais preparados para chefiar seus setores e ao mesmo tempo analisar e desenvolver as idéias de seus chefiados.

Anônimo disse...

No caso da Fleury dá para se perceber que provavelmente as mudanças só ocorreram recentemente devido ao papel de “filtro” que vinha sendo desempenhado pelos chefes de setor, os quais a partir de convenções pessoais repassavam para um nível superior apenas as idéias consideradas (e apenas por eles) cabíveis à situação, mas com as quebra dessa barreira, as idéias estão sendo transmitidas diretamente de sua origem para a comissão de inovação, indo assim de acordo com a teoria de que o perfil de empresas inovadoras é de incentivar a geração de idéias e de estimular as pessoas a pensar diferente. Mais uma característica citável às empresas inovadoras é o fato delas apostarem muitas vezes em projetos desacreditados ou até negligenciados pela concorrência. No caso da Fleury, os chefes poderiam passar a ter uma função de consultoria para o comitê de inovação sobre possíveis mudanças a serem projetadas para seus setores. É uma pena que na empresa em que trabalho não haja ainda um mecanismo formal de “captação de inteligência dispersa”.