Olá,
Tudo bem? Você deve ter acompanhado ou até sentido os benefícios da entrada da GOL no mercado de aviação comercial Brasileiro anos atrás. Com um modelo de baixo custo/baixas tarifas consolidado no exterior e inexistente por aqui a empresa nasceu, cresceu, comprou a Varig e agora enfrenta alguns desafios de integração de dois negócios diferentes.
Mais recentemente entrou no mercado a Azul do mesmo fundador da JetBlue referência internacional no setor.
Segundo reportagem da Revista Exame, " a concorrência aberta com a chegada da Azul ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, está provocando uma verdadeira guerra tarifária e aumentando a oferta de assentos e opções de horários".
Esse novo movimento da Azul e a resposta dos líderes GOL e TAM permite alguns aprendizados sobre como Atacar os líderes com maior probabilidade de exito.
A análise de especialistas é que a concorrência tende a continuar reduzindo preços em determinadas rotas. Conforme a matéria, "O bilhete de Campinas para Curitiba, que até novembro não saía por menos de R$ 140 pela Gol, ou R$ 160 pela TAM, hoje pode ser comprado por nada menos que R$ 39,50 na TAM".
A primeira resposta da Azul a guerra de preços provê algum indicativo de sua postura futura. A empresa baixou sua tarifa para R$ 59. No entanto, segundo o Presidente do Conselho de Administração David Neeleman a empresa não irá continuar essa guerra com a TAM "É um preço muito baixo, nunca vi uma tarifa assim, são US$ 15".
Além das tarifas reduzidas, a TAM também lançou voos diretos em algumas das rotas da Azul, como Porto Alegre e Salvador. Até então, a empresa só fazia essas rotas com escalas ou conexões.
Por que a entrada da GOL teve um padrão de resposta e a da AZUL parece ter outro?
Segundo as teorias de inovação:
1) Quando alguém introduz uma inovação que foca os principais consumidores dos líderes do setor esse inovador tende a ter menores chances de sucesso do que quando foca não consumidores ou os consumidores desatendidos pelos líderes.
2) Quando foca os centros de lucros de um líder, a empresa inovadora liga a luz de alerta do líder que rapidamente sente os efeitos da inovação e tem motivação suficiente para responder.
Essa resposta, seja no padrão redução de preço ou novas rotas como fez recentemente a TAM pode ser definitiva para uma empresa com menor disponibilidade de recursos. Por outro lado, quando foca clientes que não consomem ou que não interessam aos líderes eles tendem a não responder. Nesse caso aumentam significativamente as chances do inovador crescer para num segundo momento tentar uma batalha frente a frente em melhores condições. Do contrário as chances de sucesso são bastante reduzidas.
Anos atrás quando a GOL entrou no mercado acabou "aumentando o bolo" pois sua proposta de Low Cost/Low Fare possibilitou a entrada de clientes que antes não consumiam e outros que as propostas Premium de Varig e TAM não se interessavam. Quando ela apareceu no radar das líderes já era tarde e a GOL tinha se constituido numa referência para o setor.
Se a Azul conseguisse operar os aeroportos secundários e focar clientes não atendidos (o que agora não é tão fácil quanto antes) ela aumentaria suas chances de consolidação. Ou o céu pode ficar pouco Azul.
Você concorda com essa visão sobre o tema? Tem alguma experiência para compartilhar?
abs
Max
Essa resposta, seja no padrão redução de preço ou novas rotas como fez recentemente a TAM pode ser definitiva para uma empresa com menor disponibilidade de recursos. Por outro lado, quando foca clientes que não consomem ou que não interessam aos líderes eles tendem a não responder. Nesse caso aumentam significativamente as chances do inovador crescer para num segundo momento tentar uma batalha frente a frente em melhores condições. Do contrário as chances de sucesso são bastante reduzidas.
Anos atrás quando a GOL entrou no mercado acabou "aumentando o bolo" pois sua proposta de Low Cost/Low Fare possibilitou a entrada de clientes que antes não consumiam e outros que as propostas Premium de Varig e TAM não se interessavam. Quando ela apareceu no radar das líderes já era tarde e a GOL tinha se constituido numa referência para o setor.
Se a Azul conseguisse operar os aeroportos secundários e focar clientes não atendidos (o que agora não é tão fácil quanto antes) ela aumentaria suas chances de consolidação. Ou o céu pode ficar pouco Azul.
Você concorda com essa visão sobre o tema? Tem alguma experiência para compartilhar?
abs
Max
4 comentários:
Não vejo a entrada da Azul no mercado como uma inovação, mas apenas como algo que já existe e é apresentado de uma forma diferente.
Para que a Azul consiga sobreviver no mercado talvez não seja muito inteligente focar no custo baixo/passagem baixa, pois irá bater de frente com a Gol (atual gigante), porém não é recomendá-vel focar o público premium, pois assim irá concorrer com a Tam (outra gigante).
Quem sabe focar no meio termo e tentar se manter no mercado nestes tempos de crise seja a melhor opção.
A Gol deixou de ser low fare/low cost há horas, desde que as aeronaves ficaram mais velhas e os custos de manutençao aumentaram. Além disso, a grande flutuação na cotação do queresone de aviação colocou em xeque qualquer empresa do mundo, já que esse insumo representa mais de 35% do custo. Assim, acho que a Azul é uma inovação pois traz novamente uma companhia de baixo custo porém com um modelo um pouco diferente utilizando aeroportos secundários. O grande desafio é manter o modelo de negócios competitivo quando as aeronaves ficam velhas.
Discordo, o grande desafio está na resposta dos lideres....
Viajei na Azul nesse feriadão. Foi muito bom. Espero que consigam outras rotas.
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