terça-feira, 5 de outubro de 2010

Xeque mate da inovação?


Olá,

A Nokia foi sinônimo de telefone celular. Mas nem sempre foi assim. O início de tudo foi uma fábrica de papel, há 145 anos. Adaptação e mudança marcaram a trajetória da empresa. Do papel para a borracha, madeira e cabos elétricos até chegar ao celular.
A dúvida atual do mercado é: será ela capaz de se reinventar novamente? E será essa reinvenção feita a tempo de mante-la na dianteira das novas oportunidades?
A empresa finlandesa emplacou alguns dos principais blockbusters do início da jornada do telefone móvel. Desbancou do jogo a gigante Motorola. Quem não lembra do celular 6120?
Mas parece que a máquina de inovação esmoreceu. A mudança do hardware para o software, a geração de conteúdo, os smartphones e o tablet são desafios que a empresa ainda não conseguiu vencer.
Atualmente a empresa tem valor de mercado de 39 bi de dólares apresentando queda de 80% do valor da ação nos últimos 3 anos, contra 263 bi da Apple, criadora do Iphone. A empresa ainda é líder mundial em unidades de celulares vendidos mas a vantagem vem diminuindo, especialmente a partir da consolidação do Blackberry e do iPHONE somados a evolução do sistema operacional Android.
A mudança do hardware para o software criou um dilema para a empresa. Ela criou seu proprio modelo. A HTC de Taiwan, por exemplo, preferiu ficar focada no hardware e vem crescendo. Na área de conteúdo os esforços também ainda não prosperam no nível e velocidade necessários a uma líder como a Nokia.
Com a consolidação dos Smartphones acelerou-se o uso dos aplicativos que potencializam o hardware em diferentes novas frentes e funções. Nesse campo a Apple possui 250 mil ofertas de aplicativos em sua loja virtual contra 13 mil da Ovi Store da Nokia. Segundo matéria recente na revista Exame "A Nokia estimou mal as dificuldades para abandonar sua herança de dedicação ao hardware", diz Neil Shah, analista de telecomunicações da empresa de pesquisas Strategy Analytics.
O mercado ainda discute se o problema é de estratégia ou de execução afinal a empresa anunciou anos atrás o deslocamento do hardware para o software, ainda sem sucesso. O mesmo cenário dinâmico e hiper-competitivo que está pressionando a Nokia pode ser sua principal alavanca. O jogo não apenas não chegou ao fim como tende a mudar suas regras continuamente o que abre novas oportunidades. E se tem uma empresa que ao longo de sua história foi eficaz em mudar de rumo é a Nokia. Chegou a hora de inovar e provar que não está em xeque mate.
abraços
Max

Participe do debate da nova economia

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Inovação Aberta em Congresso de Inovação


Olá,

O 3o Congresso internacional de Inovação promovido pelo Sistema Fiergs com apoio de gr
andes empresas ocorrerá dias 17 e 18 de novembro em Porto Alegre abordando temas como redes sociais, e trazendo ao Brasil Tom Kelley da IDEO.

Antes e durante o evento a FIERGS está promovendo o web3i a primeira campanha de open innovation dentro de um congresso no Brasil. Os participantes do congresso e toda comunidade de inovação brasileira está convidada a participar dando ideias e refinando ideias de outros profissionais para ampliar os conhecimentos sobre os temas discutidos no congresso. As melhores ideias receberão prêmios e o reconhecimento do congresso.

Acesse o site e participe!

A plataforma roda sob o software Webstorm da BrightIdea e foi desenhado pela Innoscience com apoio do IEL-RS, FIERGS, SESI, SENAI e demais parceiros do sistema.

Não perca a chance de participar desso programa de inovação aberta.

abraços
Max

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

BRICNNOVATION na Philips



Olá,

O processo que denominamos de BRICNNOVATION - um deslocamento acentuado da atividade de P&D e inovação para os países emergentes do BRIC ganha cada vez mais evidência. Em recente entrevista a Paul Glader do Wall Street Journal o Diretor Presidente da Philips falou sobre o tema.
Segundo a matéria, as vendas da Philips nos mercados emergentes subiram 29% no segundo trimestre em relação a um ano atrás e agora representam 34% das vendas totais da empresa. Além disso, as ambições são grandes e direcionadas para os países emergentes. A Philips quer aumentar as vendas nos mercados emergentes de 30% para 50% até 2015 com um foco na China, inclusive expandindo o número de funcionários e a divisão de pesquisas na China.
Destacamos respondidas pelo executivo que clarificam o porque do BRICNNOVATION. Aproveite!
abs
Max

WSJ: Aumentou a concorrência para obter crescimento dos mercados emergentes?

Gerard Kleisterlee: A corrida rumo aos mercados emergentes já existe há dez anos. A crise e a recessão, especialmente nos mercados dos países ricos, só ressalta essa tendência.O que começamos a ver é que, em muitos desses mercados emergentes, estão surgindo cada vez mais concorrentes [chineses] locais que se tornam líderes regionais ou querem competir em nível mundial.

WSJ: O que as empresas precisam agora fazer de diferente nos mercados emergentes?

Kleisterlee: Não é suficiente atender apenas às áreas metropolitanas. Na Índia e na China você precisa ter uma boa rede de distribuição na zona rural. Cada vez mais, nós, e também nossos concorrentes, estamos desenvolvendo produtos para esses mercados emergentes nesses mercados emergentes. Então não é um conceito europeu ou americano que é vendido na China ou na Índia, mas coisas que projetamos, desenvolvemos e produzimos localmente para o mercado local.

WSJ: Como seus gerentes estão executando essa estratégia nos mercados emergentes?

Kleisterlee: Para os mercados emergentes, temos cada vez mais responsabilidade local. Em geral, tentamos empurrar a responsabilidade para a base da organização e ter tudo que é necessário centralizado. Mas para os mercados emergentes temos feito isso ainda mais que para os mercados desenvolvidos.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

BRICNNOVATION no Brasil Econômico


Olá,

Os países do BRIC como temos enfatizado já são mais do que apenas fonte de recursos naturais e mão de obra barata para as grandes empresas. Há um deslocamento da inovação para esses países. Em entrevista recente ao Wall Street Journal o Presidente mundial da Philips reiterou a maior autonomia e a necessidade de desenvolvimento local nos mercados emergentes.
Nós seguimos abordando essa questão e salientando a relevância do tema para as políticas públicas desses países, para as empresas multinacionais que estão operando ou pretendem operar no Brasil, Russia, India e China mas também para aquelas empresas locais que precisam se defender.
O Felipe Scherer, sócio fundador da Innoscience publicou artigo recente no jornal Brasil Econômico abordando o tema. Faça o download gratuito do artigo completo.
O que você acha do tema? Sua empresa está sendo impactada por essa tendência?

abraços
Max

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BRICNNOVATION e Compromisso com Inovação


Olá,

Tudo bem pessoal? A campanha eleitoral a Presidência e governos está a todo vapor. Mas o que isso tem a ver com um blog destinado a inovação? Tudo! Algumas perguntas para reflexão:

1) Qual o compromisso dos candidatos com o tema?
2) Quais os projetos que serão implementados para dar sequencia aos já existentes?
3) Que novas iniciativas serão criadas para ampliar o investimento público e privado em inovação?
4) Como podemos consolidar mecanismos de proteção a propriedade intelectual que estimulem esses investimentos?
5) Que projetos serão realizados para fomentar o empreendedorismo nos Brasileiros?
6) Como os incentivos fiscais federais e estaduais serão utilizados?

A reflexão sobre o tema deve ser supra-partidária. Precisamos de um projeto de inovação para o país que considere todos os avanços recentes em termos fiscais, regulatórios e de funding para dar continuidade nessa caminhada. Seria muito interessante se os candidatos em nível federal pudessem pactuar um conjunto comum de iniciativas a serem implementadas. Não importa quem venha a vencer a eleição, o país precisa de tais projetos para ampliar sua posição como futuro polo de inovação em novas áreas.

Isso fará toda diferença em continuarmos um país emergente ou conseguirmos transformar o Brasil numa potência global nos próximos 50 anos. Já abordamos aqui no blog nossa visão de BRICNNOVATION e como há um deslocamento das ações de inovação dos países maduros para os emergentes. Um conjunto de compromissos que acelerem esse processo só irá ajudar.

Pense nisso!

abraços
Max

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Inovação, Retaliação e Inovação Serial


Olá,

Tudo bem? Um dos produtos de maior sucesso recente é o netbook. Os netbooks são mini lap tops que foram criados em 2007 pela empresa taiwanesa Asus e a catapultaram a 5a posição mundial no ranking de computadores portatéis segundo o IDC.

Reportagem recente do Wall Street Journal publicada no Brasil pelo Valor Economico aborda a possibilidade da empresa seguir crescendo. A Asus acertou uma vez mas acertará novamente? Conseguirá se transformar em um inovador serial? E por que o netbook não garante uma vantagem competitiva sustentável para a empresa?

Os netbooks atualmente representam 12% do mercado global de PC's e começam a disputar espaço com smartphones mais poderosos como o iPhone e com os tablets, nova categoria popularizada a partir do iPAD da Apple. A Asus promete lançar em 2011 o Eee-Pad para concorrer nesse segmento. Segundo analistas "as novas engenhocas poderão ser importantes impulsionadores para a expansão dos lucros e das vendas nos próximos anos". O principal executivo da empresa garante que "terá muitos tipos diferentes de netbooks que ainda podem fornecer uma experiência melhor para o usuário". Segundo a matéria, em maio a empresa lançou netbooks com sistemas de som da Bang & Olufsen focando no segmento mais abastado do mercado. O Presidente do Conselho da empresa atesta que "ainda temos uma grande quantidade de inovação acontecendo" mas o mercado ainda precisa se certificar de que eles deixarão de ser um inovador de um capítulo para se transformar num inovador serial.

O caso apresente 3 aspectos interessantes em relação a gestão da inovação:

- a duração e tamanho da vantagem competitiva: depende diretamente facilidade de copia dos concorrentes. Quanto maior a intensidade e abrangência da inovação (inovação de modelo de negócios) menor a facilidade de cópia.

- a motivação para retaliar: A cópia depende da motivação para responder a inovação. A motivação deriva da ameaça. A Asus atacou num primeiro momento um nicho inexistente e lucrou com isso. No entanto, num segundo momento, muitos usuários de smartphones mas especialmente de lap tops migraram para os netbooks tirando os principais clientes das grandes empresas como HP, DELL, LENOVO, SONY...e até APPLE. Quanto optar por brigar com os grandes saiba que se você mirar em seus principais clientes eles não terão receio em responder. Se você mirar em clientes que não os interessam você terá tempo e tranquilidade para ganhar porte e escala.

- a capacidade de responder: envolve os recursos, processos e prioridades necessários para fazer o produto/serviço. Infelizmente para a ASUS o netbook não tem um processo produtivo, insumos, um canal de distribuição que rompa com o que as grandes empresas estão acostumadas a fazer. Dessa forma, tendo os processos, recursos e prioridades necessários para fazê-lo fica mais fácil executar a resposta.

Atualmente, ainda que tenha boa participação de mercado a Asus conta com a concorrência das grandes cabeça-a-cabeça. Agora resta inovar novamente!

Sua empresa inovou em alguma dimensão de seu modelo de negócio? E conseguiu repetir esse feito? Criar uma atmosfera para a inovação serial depende menos de gênios criativos e mais de processos, sistemas, estrutura, políticas e estratégia. É disso que vai depender o futuro da ASUS.


Abraços
Max