segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sua tv de LCD ficou ultrapassada


Olá,

Você acrediatava que a Guerra dos padrões LCD e Plasma tinha chego ao fim? Uma nova tecnologia chamada de OLED está sendo introduzida e promete mudar as regras do jogo num futuro não tão distante. No entanto, o que chama atenção é o foco tecnológico de inovações desse setor de televisores. Será que realmente alguém precisa de uma TV mais fina e com melhor imagem? Será mesmo possível?

Por outro lado, não haverá uma parcela significativa da população que não apenas não utiliza mas não valoriza os diferenciais cada vez mais especializados das novas TVs? Não haverá um mercado na base da pirãmide como defendido por Prahalad e pregado por Christensen em que com uma solução mais simples e barata se conseguiria "abrir um oceano de crescimento?"

Se olharmos por outro lado, não parece interessante a possibilidade de que sua TV tenha um nível de compatibilidade com seus outros eletrônicos (lap top, celular, desktop, geladeira, iPOD...) uito superior ao atual?

A base da inovação está em questionar a própria trajetoria da inovação no seu setor empresarial. Apenas seguir a rota definida anos atrás não é garantia de sucesso.

Você está disposto a uma TV mais fina e de melhor imagem? Quem sabe.

SDS ESPECIAIS
Maximiliano Carlomagno



Por Françoise Terzian
EXAME No próximo dia 1o de dezembro, chega às prateleiras japonesas o estado da arte da tecnologia em televisores. Trata-se de um aparelho de apenas 11 polegadas, mas que vai levar a indústria de eletroeletrônicos a uma nova era. Enquanto consumidores ao redor do mundo decidem entre modelos de plasma e LCD, a tecnologia já deu um salto adiante: as telas de Oled. O nome é uma sigla que, em inglês, significa diodos orgânicos emissores de luz. As telas feitas desse material são mais finas, mais leves, produzem imagens melhores, custam menos para fabricar e consomem menos energia. A primeira TV de Oled comercializada ainda é pequena e cara -- custa cerca de 1 700 dólares. "Mas a ruptura já aconteceu", de acordo com Newton Frateschi, diretor do Centro de Componentes Semicondutores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Essa nova tecnologia deve causar uma reviravolta nas estimativas mundiais de vendas de telas planas", afirma Frateschi.
A diferença mais notável do XEL-1, modelo apresentado pela Sony no começo de outubro, é sua espessura. A tela tem apenas 3 milímetros de profundidade. Isso é possível porque, diferentemente das telas de cristal líquido, o Oled dispensa a iluminação traseira, visto que os diodos são capazes de gerar luz. A tecnologia Oled já é estudada há mais de duas décadas, e uma das empresas que lideraram os primeiros avanços foi a Kodak. Mas foi apenas nesta década que as primeiras aplicações práticas foram alcançadas. No início, os visores de Oled apareceram em dispositivos pequenos, como tocadores de MP3 e celulares. "O pulo-do-gato da Sony foi ter conseguido uma tela maior com um preço competitivo", diz Roberto Mendonça Faria, professor titular do Instituto de Física de São Carlos, no interior de São Paulo.
É claro que as tecnologias de plasma e LCD devem dominar por um bom tempo o mercado de telas planas, um negócio mundial de 82 bilhões de dólares. Segundo a empresa de pesquisas DisplaySearch, o mercado global de TVs de Oled vai crescer 24% ao ano e saltar de uma receita de 37 milhões de dólares previstos para 2008 para 884 milhões de dólares em quatro anos. Mas, mesmo que as cifras não sejam grandes, a chegada do Oled vai mudar as regras do jogo. Além do preço, consumidores bem informados costumam comparar algumas características básicas em uma TV de tela plana. A primeira é a qualidade da imagem. No plasma, o preto é realmente preto, enquanto no LCD as áreas escuras podem parecer um pouco "lavadas". O cristal líquido também perde quando se mostram imagens com movimentos rápidos -- muitas vezes a imagem deixa um rastro luminoso. A seu favor, as TVs de LCD ocupam menos espaço e consomem menos energia. Em outras palavras, a opção por plasma ou LCD sempre vai implicar algum tipo de perda. E é por isso que o Oled é tão revolucionário: as novas telas não têm nenhum desses problemas.
Onde o Oled perde, claro, é no preço. Embora se estime que os custos de produção sejam a metade de uma tela de cristal líquido de igual tamanho, essa diferença só deve aparecer em alguns anos. No estágio inicial, a Sony consegue produzir apenas 2 000 unidades por mês -- ante uma previsão de vendas de 10 milhões de aparelhos de LCD neste ano. A Toshiba também deve anunciar em breve sua linha de TVs da próxima geração, e até mesmo empresas como Toyota e Dupont investem na fabricação do material -- interessadas em aplicações em superfícies que hoje não têm telas por não serem planas. Com a atenção de indústrias tão variadas, o preço de 1 metro quadrado de um painel de Oled caiu de 120 dólares, há três anos, para 60 dólares hoje.
Além da proeza técnica, o Oled pode trazer a combalida Sony de volta à liderança tecnológica de um mercado que ela dominou desde os tempos de seus aparelhos Trinitron. A gigante japonesa entrou atrasada no mercado de LCD e perdeu terreno para sua maior rival, a Samsung. Com o lançamento dessa nova linha de TVs ultrafinas, pode retomar a liderança perdida. A empresa espera aproveitar a dianteira para lançar um segundo modelo, de 27 polegadas, já em 2008. Como mostra a declaração de Ryoji Chubachi, presidente da divisão de eletrônicos da empresa, as ambições não são nada modestas: "Quero que a primeira TV de Oled do mundo seja o símbolo do renascimento de nossa proeza tecnológica".

Conheça as principais vantagens da tecnologia Oled

Telas mais leves e finas

Hoje chegam a 2 milímetros de espessura e podem ter apenas 0,5 milímetro em três anos
Imagem mais fiel

A nova tela reproduz cores com mais fidelidade e tem mais brilho e contraste do que LCD ou plasma

Economia de energia

A tecnologia de Oled dispensa a iluminação traseira e, por isso, consome até 30% menos

Fonte: EXAME

6 comentários:

Anônimo disse...

Li em algum lugar, não me recordo onde, que esta tecnologia já está sendo utilizada em alguns Notebook, em função do baixo consumo de energia. Acho fantástico essa competição para ver qual empresa lança uma nova tecnologia a frente dos concorrentes. A única pergunta que eu me faço, é onde iremos parar??? Será possível um dia nos teleportarmos??? Quem sabe ao invés de ter uma casa na praia, não tenhamos uma na Lua??? Maluquice né.

Taty disse...

Impressionante como a rapidez da busca por novas tecnologias tem promovido uma concorrência cada vez mais acirrada entre empresas e grandes corporações financeiras. Enquanto os benefícios desta busca incessante pelo conhecimento forem a favor da humanidade, também buscando o desenvolvimento de maiores condições de qualidade de vida, a evolução poderá ser muito mais além do que imaginamos nesta primeira década do milênio - revertendo em avanços não só as populações, mas na direção de também assegurar maiores e melhores condições de vida no planeta. Para completar o questionamento do colega sobre a possibilidade incrível de nos teletransportarmos - não é que há relatos de pesquisas em relação ao teletransporte!? Vejam nesse link: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1998322-EI300,00.html

Farlei disse...

OLED é um exemplo interessante pois vai além na inovação, apelando para dois problemas importantes no mercado de eletrônica atualmente: mobilidade e ecologia.

OLED consome menos, portanto mais ecológico. Junto nessa onda vem a mobilidade, com uma autonomia maior para equipamentos como celulares e DAPs.

Acho que nesse caso a inovação nasceu de uma necessidade, tanto tecnológica como econômica... não somente como diferenciação.

Eu certamente, se pudesse pagar, compraria a última tecnologia. Mas certamente na realidade brasileira, vai sempre existir espaço para uma pirâmide. Com uma tecnologia mais simples dando lucro para as empresas através de consumidores com menor poder aquisitivo.

Anônimo disse...

A tecnologia OLED deve acabar mesmo obsoletando a LCD e plasma, assim como estas estão para fazer com as TVs ditas "tradicionais".

A pergunta que fica é: será que o OLED não será obsoletado por outra tecnologia antes mesmo de se tornar uma referência?

Unknown disse...

So acredito que tais TVs terão sucesso caso o preço baixo seja repassado ao consumidor. Para as TVs de ultima geracao, acredito que no Brasil nao houveram tantas vendas como em outros paises. Aqui nao temos poder aquisitivo para pagar precos astronomicos e somente mudarmos a tecnologia. Sendo assim, concordo com a pergunta... Será que precisamos mesmo disso???... na minha opinião não!

Anônimo disse...

Quando ficarem baratas vou comprar uma.