terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Aeromóvel e Participação da Comunidade


Olá,

Tudo bem? Hoje vamos discutir o caso do Aeromóvel. Recebemos a sugestão de André Marcelo Knorst a quem manifestamos nosso agradecimento.

Segundo o André o Aeromóvel é uma solução tecnológica para projetos de transporte urbanos que requerem capacidades entre 1000 a 25.000 passageiros por hora por sentido de viagem. É um trem urbano projetado pelo engenheiro Oskar Coester no início da década de 60, no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre chegou a ser construído um pequeno trecho, como protótipo e demonstração. O veículo é movido por um sistema de propulsão pneumático que converte força elétrica em fluxo de ar e transmite empuxo diretamente ao veículo. Em 1989, numa linha de 3,5 km num parque de Jacarta (Indonésia), onde há centros de convenção, prédios culturais e uma universidade. É a única operação comercial do veículo. Atualmente também esta em curso um projeto para implantar um anel de 2.270 metros na PUC-RS, http://www.pucrs.br/aeromovel

O André entende que o Aeromóvel constitui-se numa inovação de produto e processo. No entanto, os resultados alcançados até o momento nos sugerem que o produto ainda é uma invenção. OK, existe um grau de novidade importante. No entanto, não há resultados significativos, um dos requisitos básicos para algo ser considerado inovação.

Tomando por base o desempenho da solução até o momento e, considerando que já existe há mais de 40 anos parece-nos claro que para que essa invenção se transforme numa inovação os atuais empreendedores deverão conduzi-lo de modo diferente.

Apresentamos duas alternativas e convidamos a comunidade a avaliar:

a) alternativa de foco nos não consumidores: uma forma de ampliar o potencial de resultados de uma inovação é focar nos "não consumidores" aqueles que por incapacidade ou indisponibilidade de soluções eficazes ficam fora do mercado. Seria essa a situação? O Aeromóvel pode ser um substituto para os meios de transporte atuais? Não acredito.

b) alternativa de foco nos consumidores "overserved": outra alternativa é focar em consumidores para os quais as ofertas existentes são sofisticadas demais e que ficariam muito satisfeitos com uma solução básica mas a preços mais acessíveis. Seria essa a solução? Para tanto é preciso avaliar a possibilidade de ter um modelo de negócios de baixo custo (parecido com o Low Cost Low Fare da Gol, Habibs e Casas Bahia) no qual fosse possível lucrar com baixo preço.

As duas alternativas apresentam caminhos e desafios diferentes. Os riscos também são presentes. No entanto, com a estratégia atual, o Aeromóvel tende a se transformar numa opção de nicho, em que os resultados serão, obviamente, menores.

O que vocês acham?

Andre, valeu pela sugestão e análises!

Abs
Max
P.S- Aqueles que quiserem que analisemos casos nos enviem email para innoscience@innoscience.com.br
Mais informações podem ser obtidas em http://www.aeromovel.com.br


10 comentários:

Gabriela Mendel - turma 53 disse...

Assim que li o artigo imaginei o Aeromóvel como uma alternativa "melhorada" do Trensurb, porém com um diferencial: conforto aos passageiros com rotas e horários alternativos por um preço um pouco mais elevado. Ele conquistaria clientes que normalmente não usam este tipo de meio público, mas que gostariam da comodidade e praticidade de não dirigir. Há algumas empresas de ônibus que já utilizam este conceito de diferenciação.

Anônimo disse...

Sinceramente acho que nenhuma das abordagens seria adequada justamente para o nosso cenário na região metropolitana. Acho que dar ênfase aos não possíveis consumidores não seria adequada, pois, eles não iriam ver valor agregado no produto. Ainda, não acredito que estamos, atualmente, "overserved" de possibilidades de transporte na região. Pelo contrário! Eu atuo numa empresa que fica em Eldorado do Sul e sei o quão deficiente são nossos meios de transporte bem como nossas rodovias. Exemplo disso é a saída de Porto Alegre sentido Unisinos, nos horários de rush. Acredito que seria uma alternativa interessante. Mas a grande sacada desse novo "produto", que a empresa deve buscar posicionar no mercado é questão ecológica e ambiental. Justamente no momento que vivemos de aquecimento global, acho válido a empresa posicionar o produto como algo que utiliza uma tecnologia de movimentação auto-renovável.

Anônimo disse...

Vejo o aeromovel como uma alternativa de consumidores urbanos que utilizam seus veículos para irem ao trabalho. Consumidores estes que prezariam um conforto e melhor prestação de serviço de um transporte coletivo para realizarem suas atividades na troca do uso de seus automóveis, pois, o trânsito (especialmente em grandes centros como porto alegre) está virando um problema especificamente em quantidade de veículos. Amenizaria assim, tanto questões ligadas a poluição e meio ambiente, como a superlotação de veículos e talvez evitaria o já falado rodízio de placas na nossa capital.

Anônimo disse...

Considerando o longo tempo que este Aeromóvel já vem sendo pesquisado, acredito que é preciso encontrar a real necessidade das pessoas e que nicho (público) se desejável realmente atingir.
Nas grandes cidades com certeza seria bem vindo um novo meio de locomoção e que fosse com diferenciais, com um pouco de sofisticação. Neste caso atenderia a um público que está disposto a pagar um pouco mais pela passagem e assim estas pessoas não precisariam enfrentar todos os dias o conturbado trânsito das grandes cidades.

Unknown disse...

Com relação à diferença de uma empresa aérea, não são os consumidores que vão decidir a viabilidade do projeto. Foi comentado que tem na Ásia um em funcionamento, isso para mim significada que deixou de ser invento e já é uma inovação. Concordam?.
Faltam informações para poder analisar o que seria o mais indicado. Qual foram os motivos para o fracasso do projeto? Custos altos?Falta de dinheiro? Infra-instrutora?Apoio político? Barreiras de entrada?

Anônimo disse...

Acredito que o foco dessa "invenção" deveria ser direcionado à população em geral, independente de serem ou não consumidores. a questão ambiental é de grande relevância nas discussões atuais. a proposta do aeromóvel seria um modo de reduzir o nível de poluição das grandes cidades, bem como os congestionamentos que tornam o tráfego cada dia mais lento. nos deparamos diariamente com números consideráveis de veículos novos que são colocados nas ruas e a média de pessoas por veículo baixa cada vez mais. Em Porto Alegre, essa média fica em torno de 1,1 pessoas por automóvel sendo que um veículo de passeio comporta 5 pessoas. Porém, isso é uma parte do problema; o que dizer dos transportes coletivos? O aeromóvel poderia ser uma alternativa ecologicamente correta para atenuar os problemas de transporte das grandes cidades. Entretanto, os interesses políticos e financeiros se sobressaem a qualquer proposta que não seja revertida em lucro tornando-se essa, portanto, a barreira para um projeto inovador.

Anônimo disse...

O aeromóvel é uma nova opção de transporte para a população que deseja se locomover de forma segura, rápida e confortável. Este tipo de transporte diminuiria os intensos congestionamentos que todos estão acostumados a enfrentar diarimente, diminuiria a poluição, os acidentes de trânsito. Hoje em dia o fluxo de automóveis é intenso nas rodovias, não encontramos vagas para estacionar em vias públicas, as pessoas chegam cansadas ao trabalho após enfrentar o estress do trânsito, o aeromóvel seria uma ótima opção.

Simone Bender - Turma 53 disse...

O aeromóvel é uma nova opção de transporte para a população que deseja se locomover de forma segura, rápida e confortável. Este tipo de transporte diminuiria os intensos congestionamentos que todos estão acostumados a enfrentar diarimente, diminuiria a poluição, os acidentes de trânsito. Hoje em dia o fluxo de automóveis é intenso nas rodovias, não encontramos vagas para estacionar em vias públicas, as pessoas chegam cansadas ao trabalho após enfrentar o estress do trânsito, o aeromóvel seria uma ótima opção.

Anônimo disse...

Conheço outros aeromoveis de cidades no exterior e penso que sao mais decorativos do que práticos.

Viagens e Turismo disse...

Vamos ser honestos e práticos, não é usado até hoje, porque não funciona. E sempre vai tentando arrancar mais uma grana do contribuinte, para outro desperdício. É uma piada, e das ruins, que custa caro.