quinta-feira, 10 de junho de 2010

A máquina de inovação do Panico na TV


Olá,

Você já ouviu falar ou já assistiu o Programa Panico na TV na Rede TV? Não, essa não é uma propaganda, nem uma crítica ao programa. Não importa se você goste ou não, o Panico na TV é um dos bons exemplos de inovação em setores dominados por conservadorismo e continuidade como o entretenimento e a televisão. Para quem não conhece o Panico na TV é exibido aos domingos na Rede TV e tem como atrações uma série de quadros e personagens que ficaram famosos como Sabrina Sato, Impostor, Silvio e Vesgo, Alfinete, Cristian Pior, as Panicats entre tantos outros. O programa está "no ar" há mais de 7 anos com altos índices de audiência.
Mas o que há de inovação no programa? Quais suas práticas inovadoras? Selecionamos um conjunto de ações que podem ser analisados e replicados por outras empresas.

1) Saber matar tanto quanto saber criar
Ao longo dos 7 anos muitos quadros foram criados. O "Vô num Vô" no qual os apresentadores escolhiam as mulheres bonitas e feias na beira das praias brasileiras. O Impostor que invade eventos sem ser convidado. O "Coletrando" paródia do "Soletrando" do Caldeirão do Huck. O mais interessante é que a medida que as atrações perdem força, os participantes saem do programa ou os temas deixam de ser atuais eles sabem acabar com os quadros com a mesma rapidez com que os criam. Quantas empresas ainda permanecem vinculadas a produtos que não apresentam mais nenhum resultado?

2) Saber criar junto com o cliente
A essência da inovação está em prover um valor superior ou novo para um cliente ou reduzir o custo da empresa, dessa forma aumentando as margens do negócio. O Panico na TV cria novos quadros e atrações junto com os clientes. Um exemplo é o Zina, personagem que foi encontrado numa entrevista de rua e que criou um bordão "Ronaldo" e que em função do interesse e manifestação dos telespectadores por meio de internet foi alçado a atração fixa do programa. Quando o personagem Zina se envolveu com drogas o programa também foi rápido em descontinuar a atração. Quantas empresas ainda subutilizam a internet e a capacidade de interagir com seus clientes no desenvolvimento de produtos e serviços de potencial inovador?

3) Saber gerar novas fontes de captura de valor
Um programa de TV se remunera pelos anunciantes que fazem propaganda. O Panico ampliou o uso do merchandising e criou novas formas de capturar valor que consideram inclusive a venda de camisetas e outros produtos alusivos ao Programa. Muitos setores ficam amarrados a formas originais de captura de valor e não questionam esse modelo vigente. Quantas empresas repensam suas formas de ser remunerada pelo que fazem?

4) Saber experimentar
A transformação de ideias de potencial inovador em inovações passa pelo domínio da capacidade de experimentação. O Panico domina esse movimento como poucos. Testa produtos e dá escala, no caso continuidade a eles, a medida que os resultados se mostram atraentes. Quando o "projeto piloto" não apresenta bons resultados eles o refinam, ajustam e se for o caso implementam. Quantas empresas adotam essa mentalidade?

Não esperamos que você vire fã do Panico. Não esperamos que sua empresa entre "em Panico" mas acreditamos que esses ensinamentos que marcam a trajetória do programa podem ser aplicados por outras empresas em outros setores com sucesso.

Abraços
Maximiliano Carlomagno

2 comentários:

Raízes Assessoria Empresarial disse...

Muito legal a relação que vc fez com o programa e as empresas, isso é o que acontece relamente
parabens

Danielle C. F. Barboza disse...

Adorei!!! Não sou fã do programa mas sou casada com um e acabo assistindo as vezes. Realmente a capacidade de criar, inovar, transformar e atingir ao público é surpeendente! Abraços!