
Olá,
Tudo bem? O blog está cada vez mais ativo. É realmente uma oportunidade de desenvolvimento de conhecimento sobre Inovação. O caso da ALL foi bastante interessante!
Hoje trazemos uma abordagem da Pfizer, mundialmente reconhecida pelo Vigra. A empresa está estabelecendo relações com médicos e pesquisadores acadêmicos para inovar. Também merece destaque a idéia de que a empresa vai atuar num segundo nível na cadeia de valor da inovação. Ao invés de trabalhar na fase de idealização a empresa tende a fomentar o relacionamento com os médicos e pesquisadores para que esses gerem as idéias que serão depois aceleradas pela empresa.
Também merece atenção a intenção da empresa de adotar inovações incrementais em produtos como o Liptor que perderá a proteção da patente em 2011 para ampliar seu potencial de ganhos noutro contexto competitivo.
Esse caso nos coloca duas questões essenciais:
- a empresa pode terceirizar parte do processo de inovação? Dessa forma pode-se compartilhar o risco?
- quais tipos de inovações são mais adequados em quais contextos?
Quais suas experiências?
Abs
Max
PFIZER BUSCA "SÓCIOS" PARA ENCONTRAR NOVOS MEDICAMENTOS
Disposto a aumentar sua participação no mercado brasileiro, o laboratório americano Pfizer está atrás de novos parceiros no país. A intenção da farmacêutica é estabelecer parceria com médicos e pesquisadores acadêmicos que já possuam projetos de desenvolvimento de novos medicamentos.
"Queremos fazer acordos de longo prazo e vamos fazer parcerias", diz Philippe Crettex, presidente do laboratório Pfizer no Brasil. "Vamos pôr a experiência em pesquisa, os recursos financeiro e a presença global da Pfizer à disposição dos parceiros.Para alcançar a meta, o laboratório decidiu fazer um inventário dos projetos de pesquisa de novos medicamentos que estão em desenvolvimento no país. Com este banco de dados, a empresa avaliará os projetos mais adequados a sua linha de produtos.
A gigante farmacêutica, com vendas superiores a US$ 48 bilhões em 2007, dona dos remédios contra impotência sexual Viagra, o redutor de colesterol Lipitor e o tratamento anti-fumo Champix, está mirando para os países emergentes, como o Brasil, na tentativa de elevar suas vendas quando países maduros apresentam taxas mais modestas de crescimento.
"Há múltiplas oportunidades de crescimento no Brasil", diz o suíço Crettex, em sua primeira entrevista à imprensa brasileira, desde que assumiu o comando da subsidiária há dois anos, depois de cuidar das operações da Pfizer na Venezuela. "Vamos continuar com a tradição de inovação, mas fazer diferente do sucesso do passado." Antes de ingressar na Pfizer, ele comandava a Pharmacia na Argentina, quando a Pfizer adquiriu as operações globais da rival.
Crettex é um dos responsáveis pela estrutura da Pfizer no Brasil, respondendo aos executivos da corporação nos mercados emergentes, que contemplam também regiões como Ásia e Oriente Médio. O Brasil não representa nem 2% das vendas mundiais.Ao mesmo tempo, a Pfizer tem o desafio mundial de encontrar novos medicamentos que consigam compensar a futura perda de receita com o fim da patente de drogas importantes do seu portfólio. É o caso do Lipitor, cuja proteção intelectual expira no início da próxima década. A droga vende por ano mais de US$ 10 bilhões no mundo e é o carro chefe do laboratório no país.
Segundo Crettex, a Pfizer está estudando formas para evitar que a molécula do Lipitor acabe tendo suas vendas afetadas pelo surgimento de medicamentos genéricos assim que a patente termine, em 2011. "Vamos trabalhar com a oportunidade de manter parte das vendas antes dos outros", diz. "Não vamos deixar o medicamento cambaleando." Entre as alternativas, a empresa estuda a possibilidade de fechar acordos de licenciamento com terceiros, mas a decisão final só será tomada no ano que vem.
Fonte: Valor Econômico