quinta-feira, 11 de novembro de 2010

BRICNNOVATION Acelerado


Olá,

Depois de discutirmos o perfil do inovador retomamos nossa discusão para um tema que também tem tomado nossa atenção. O BRICNNOVATION, termo que cunhamos para descrever o deslocamento do processo e recursos de inovação para os países do BRIC, sigla utilizada para referir os países Brasil, Russia, India e China. Reportagem recente da Revista Época Negócios aborda a questão como segue:

O Brasil representa 60% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) da América Latina, mas os valores totais para a região "continuam insuficientes", segundo o relatório sobre ciência divulgado nesta quarta-feira pela Unesco.
Quatro países - Brasil, Argentina, Chile e México - concentram 90% dos investimentos em P&D de toda a região, destaca o documento, que acrescenta que os valores investidos são baixos e, além disso, canalizados através de fundos públicos, quase à margem da iniciativa privada. "Os baixos investimentos em P&D continuam sendo o calcanhar de Aquiles da América Latina, exceto no Brasil, que representa 60% das despesas em pesquisa e desenvolvimento da região", ressalta o relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). "A proporção de publicações da região mencionadas em 2008 no índice de revistas de ciências alcançou somente 4,9%, e mais da metade dessa percentagem correspondeu ao Brasil (2,7%)", acrescenta o relatório, que revela ainda que Estados Unidos, Europa e Japão são os líderes em investimentos nessa área. Além disso, dois terços dos investimentos em P&D na região ainda "são financiados com fundos estatais, dos quais 40% são canalizados para universidades e o resto para institutos públicos de pesquisa", revela a Unesco, que ressalta que nos países da OCDE ocorre o inverso.

Ainda que no Brasil os investimentos sejam muito reduzidos frente a economias maduras o crescimento tem sido significativo e as perspectivas ainda mais promissoras. Fica a oportunidade para as empresas brasileiras mas também a responsabilidade de transformar os novos investimentos em inovações que gerem vantagem competitiva e resultados que permitam esse reinvestimento.

abraços
Max

Um comentário:

Ferdinand disse...

Prezados esta questão é um bocado complexa. Proponho que façam uma pequena pesquisa em sua rede de contatos. Descubram quanto dinheiro é destinado para o bem estar dos executivos (iates, mansões, viagens etc,,,) versus quanto estes mesmos alocam para desenvolvimento em seus próprios negócios. Dos poucos contatos que tenho no Rio todos tem iates. Não achei nenhum investindo em pesquisas. Vão dizer que é coisa de carioca. Receio que o quadro seja muito mais grave, cultural!