sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Inovacao, Fontes e Parceiros


Olá,

Você já pensou quais sào as fontes de inovação? Ou seja de onde vem as idéias e projetos que poderão mudar o rumo do neg;ocio. A visão fechada de inovação aposta todas as fichas na equipe interna e mais espeficicamente no setor de P&D. A visão contemporânea, chamada de OPEN INNOVATION pressupõe uma abordagem diferenciada.

Nessa nova visão as empresas ampliam o seu universo de fontes de inovação a partir do uso de seus CLIENTES, PARCEIROS, FORNECEDORES, INSTITUTOS DE PESQUISA e inclusive CONCORRENTES. Quando questionada sobre o uso de tais fontes em projetos de inovação as empresas são rápidas em responder: claro, nós sempre estamos em contato com nossos clientes e parceiros para saber o que eles querem! Mas não é disso que estamos falando.

Nos referimos aos relacionamentos estabelecidos para colaboração em projetos de inovação. Nesse sentido, é ainda reduzido o número de empresas com políticas estruturadas de aproveitamento dos conhecimentos e experiências que os circundam. Uma das principais empresas de eletrodomésticos do mundo está dando alguns passos nessa direção como pode-se ver na reportagem abaixo.

Na sua empresa qual o maior entrave para pensar a inovação de forma ABERTA? Conte para nós. Vamos aprender juntos.

SDS ESPECIAIS
Max

Whirpool faz parceria com líderes para criar produtos

Claudia Facchini

Maior fabricante de linha branca do país, a Whirlpool, adota estratégia parecida a usada pela indústria cinematográfica para incentivar a troca do videocassete pelo DVD no início desta década. Os grandes estúdios, como a Warner, aliaram-se aos fabricantes de aparelhos eletrônicos. A Whirlpool bateu às portas dos "provedores de conteúdo" de seus produtos e fechou parcerias com Sadia, Unilever, Coca-Cola e Reckitt Benckiser.
"Essas parcerias são de longo prazo. Elas visam não apenas promoções pontuais mas também o desenvolvimento em conjunto de novos produtos daqui para frente", afirma Jerome Cadier, diretor de marketing da Whirlpool para a marca Brastemp. Segundo ele, os acordos são exclusivos entre as duas partes, que não podem assinar contratos semelhantes com os respectivos concorrentes. As alianças prevêem uma troca de informações bem mais detalhadas do que a que normalmente é feita nas chamadas parcerias táticas - promoções feitas em conjunto em datas de grande movimento de vendas no varejo como Natal e Dia das Mães.
Cada parceria estratégica está voltada para uma determinada linha da Brastemp. No caso da Coca-Cola, ela será útil para os refrigeradores; no caso da Unilever, que fabrica o sabão OMO, para as lavadoras de roupa. A Reckitt Benckiser produz o sabão Finish utilizado nas lavadoras de louça.
A aliança entre a Brastemp e a Sadia, por exemplo, será fundamental para o mercado de microondas e alimentos congelados, dois negócios que andam juntos. "O mercado de microondas crescerá neste ano a taxas de 40% a 50% pelo segundo ano consecutivo. E a expectativa é de que continue crescendo em 2008", diz Cadier.
Poucos lares possuem microondas no país - estima-se que apenas 25% - o que abre boas perspectivas para este mercado.
Com a desvalorização do dólar, os aparelhos ficaram bem mais baratos porque quase 100% dos insumos utilizados na fabricação são importados. A Brastemp traz todas as peças da China mas ainda compensa montar os microondas em Manaus, observa o diretor.
As vendas de microondas devem alcançar 3 milhões de unidades neste ano, superando pela primeira vez o mercado de lavadoras, que deve ficar em 2 milhões de peças. O microondas só deve ficar atrás dos refrigeradores e dos fogões na lista de preferência dos consumidores.
Para a Sadia, quanto mais microondas forem vendidos melhor. Isto só aumentará a demanda por pratos prontos congelados, que já que é o segmento que mais cresce. "O aumento nas vendas de produtos 'microondáveis', como nós chamamos, está diretamente relacionada com a Brastemp. Com esta parceria, nós poderemos otimizar o entendimento do mercado", afirma Fernanda Oruê, gerente de marketing da Sadia.
A onda das parcerias estratégicas está se alastrando para outros mercados. Assim como a Whirlpool, a própria Sadia está buscando uma aproximação com outras empresas, entre elas a AmBev e a Natura. "Mas estamos ainda no começo. A parceria com a Brastemp é a que está mais adiantada e mais estruturada", diz Oruê.
Os refrigerados "side by side" importados são o melhor exemplo de como as parcerias são essenciais. As pizzas brasileiras não cabem em muitos desses refrigeradores, que são adaptados aos EUA. Para fazer caber a pizza no "side by side", os brasileiros dão o velho jeitinho - achata-se um pouco a "redonda".

Fonte: Valor On Line

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Convergencia, Google, Celular e Inovacao


Olá,

Você tem acompanhado as notícias sobre o Google e sua entrada no mercado de telefonia celular? Por outro lado, você já viu a propaganda da Oi Celular oferecendo o uso do celular como meio de pagamento? São duas amostras de inovações potenciais que estão cicundando o mercado de telefonia.

Como será que as grandes operadoras irão lidar com esses desafios? Sabe-se que por barreiras cognitivas, políticas, operacionais e culturais as empresas estabelecidas tem enorme dificuldade de inovar. Por sua vez, os "atackers" tem o mais importante a seu favor: a capacidade de questionar os paradigmas existentes e propor novas formas de fazer negócio.

O seu negócio está sendo ameaçado por uma nova tecnologia, modelo de negócio ou proposta de valor? Será que já não é hora de abordar a inovação de forma sistemática?

Como o Google pode chacoalhar o mercado americano de celulares
Jessica E. Vascellaro
05/11/2007 00:00

Quais são os novos truques que o Google Inc. pode fazer para mudar a telefonia celular?
A resposta poderá vir hoje, quando a companhia anunciar os detalhes do seu mais novo e ambicioso plano. A empresa de buscas e anúncios na internet vai tentar convencer empresas de software a desenvolver uma variedade de novas funções para celulares: desde maior disponibilidade de serviços de localização que automaticamente conectem os usuários a críticas de restaurantes na vizinhança até maneiras de quase que instantaneamente compartilhar fotos com todas as pessoas do caderno de endereços.
Se o Google conseguir animar programadores inibidos pelas dificuldades de fazer aplicativos para celulares, os usuários poderão começar a fazer mais facilmente no celular o que já fazem no computador. Os telefones podem ficar ainda mais personalizados, com a possibilidade de o usuário definir muito mais sua aparência. E, claro, seria mais fácil o acesso a produtos do Google como Gmail, Google Maps, YouTube e outros.
Se a cartada do Google em celulares for adiante, os usuários americanos podem ter acesso a funções hoje existentes em outros países mas ainda raras nos Estados Unidos, como videogame com vários jogadores online ou TV de alta definição.
Há muito tempo a indústria de telefonia celular nos EUA tem sido restringida por empresas e fabricantes que limitam as funcionalidades oferecidas nos celulares. O Google ainda dependerá da cooperação desses leões-de-chácara da telefonia móvel. A quantidade de funções que um telefone do Google terá vai depender de quanto controle as telefônicas e fabricantes de aparelhos vão ceder.
O ponto principal da proposta do Google é fazer com que o software dos telefones seja "aberto" até o nível mais básico, o sistema operacional, a camada que controla as aplicações e interage com o aparelho. Abrir o sistema operacional faria com que programadores independentes tivessem acesso às ferramentas necessárias para a construção de recursos adicionais. O Google não retornou pedidos de comentários.
Por isso, espera-se que o anúncio do Google leve os programadores do Vale do Silício, há tanto tempo isolados da indústria de telefonia móvel, a uma corrida para inventar novas funções para celulares. As especulações destes últimos meses sobre as intenções do Google já causam alvoroço entre os programadores com a possibilidade de criar serviços mais ricos para os celulares.
Padrões abertos "são um enorme estímulo para a gente", diz Max Levchin, diretor executivo da Slide Inc., que cria programas de compartilhamento de mídia para sites de rede sociais, como o Facebook Inc. e o MySpace, da News Corp. Levchin diz que sua percepção da telefonia móvel é como um "jardim fechado com jardineiros demais para agradar". A Slide, uma empresa de 60 funcionários, começou a buscar outras possibilidades para expandir seus serviços para celulares, inclusive os de slideshows de imagens e personalização de sites, "com a suposição de que as coisas irão mudar", diz ele.
Empresas de Internet recém-criadas estavam até agora relutantes em comprometer seus poucos recursos aos celulares. Mas o Google dispõe de uma enorme notoriedade entre programadores. Por exemplo, quando a empresa anunciou na semana passada novos padrões comuns na criação de serviços para sites de relacionamentos, essas empresas novatas ficaram se roendo de curiosidade para saber se os padrões se estenderiam a celulares. "Parece uma evolução natural", diz Michael Dalesandro, presidente da Where I've Been LLC, um serviço que possibilita que o usuário exiba em seu perfil nas páginas de relacionamentos sociais um mapa indicando os países que visitou ou onde morou.
Companhias de vídeo e música para celulares dizem que plataformas abertas facilitarão a construção de novas funções para compartilhar conteúdo entre celulares de operadoras diferentes. E como o software aberto pode facilitar o acesso à internet via celular, espera-se que a iniciativa do Google aumente a quantidade de conteúdo disponível para quem usa celular. (Colaborou Amol Sharma
Fonte: Valor Online

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Do discurso à prática


Você está cansado de tanto discurso sobre inovação? De fato, a inovação é a palavra da moda. Entretanto, será que as empresas praticam o que proclamam? Uma recente pesquisa da McKinsey entrevistou mais de 1400 executivos de empresas em todo o mundo e as conclusões foram interessantes. Veja algumas delas:
· Os executivos consideram que a inovação é muito importante, mas a abordagem da empresa com relação à inovação geralmente é informal e os líderes se sentem indecisos em suas tomadas de decisão sobre a inovação.
· Os executivos dizem não ter muito controle sobre o processo de inovação como um todo.
· Menos de 25% dos respondentes indicam que os orçamentos de P&D são decididos no topo da organização.
· Muitos executivos dizem faltar uma abordagem estruturada para a tomada de decisão sobre inovação: embora 40% deles afirmem se basear em fatos sólidos, 37% dizem buscar consenso entre colegas e 21% afirmam basear-se apenas na intuição.
· Menos da metade dos executivos consideram que freqüentemente definem temas para inovações de ruptura.
· Os respondentes indicam que as empresas se voltam principalmente para o desenvolvimento de produtos e serviços.


E que processos os executivos pensam que teriam o maior impacto no aumento do desempenho das práticas de inovação? Veja algumas das respostas:
· Fazer a inovação ser parte central na agenda das lideranças.
· Modelar comportamentos que encorajam a inovação, como a aceitação do risco.
· Melhorar as ferramentas e os processos de gestão dos riscos da inovação.
· Promover o alinhamento da alta administração sobre o papel da inovação como geradora de crescimento.
· Criar e comunicar um sentido de urgência sobre a inovação.


E você, o que pensa sobre os temas abordados na pesquisa?
Saudações,
Bignetti

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Financiando a Inovacao


Olá,

Como não poderia deixar de ser o tema do financiamento da inovação veio a tona no Blog. Falar que se quer inovação é fácil. Difícil é ter um processo de geração de idéias, seleção de experimentos e investimento nas idéias com maior potencial. Mais complexo ainda é alocar recursos a tais projetos. As empresas empresas são hábeis em replicar orçamentos passados para os anos futuros. No entanto, quando se trata de abordar financeiramente a incerteza surgem novas dificuldades. A questão não se restringe a falta de recursos financeiros por parte da empresa. Vai além. Onde buscar? Como buscar?
O BNDES abriu linha de crédito para projetos inovadores. É uma linha de seed capital para empresas de base tecnológica. No entanto, não são apenas as empresas de base tecnológica que podem obter recursos para inovação. O BNDES também não é a única fonte. Private equity firms, Venture Capital, Organismos multilaterais, Angel investors, Joint venture são outras formas e fontes de captação de recursos para inovação. A criatividade, nesse caso, também é fundamental.
E você acredita que seja possível diversificar as fontes de recursos para inovação?

Conte suas experiências.

abs
Max





Banco cria fundo de 'capital semente' voltado à inovação

Do Rio
29/10/2007
Em novembro, começa a operar o fundo de investimento de capital semente (seed money) do BNDES, o Criatec, constituído pela área de mercado de capitais para apoiar com participação acionária minoritária de até 40% empresas inovadoras nascentes com faturamento de até R$ 6 milhões. O banco vai investir R$ 80 milhões no Criatec, num prazo de 4 anos. A expectativa da instituição de fomento é garantir o desenvolvimento de até 60 empresas no período, gerando 3 mil empregos. O valor máximo de investimento por empresa é de R$ 1,5 milhão. A duração do fundo é de 10 anos.
O Criatec tem modelagem de um fundo nacional, que contará com a atuação de seis gestores de núcleos regionais baseados em Belém (PA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Florianópolis (SC). Os gestores nacionais do fundo já foram escolhidos. Será a Antera junto com o Instituto de Inovação de Belo Horizonte. Eles ganharam o processo de seleção concorrendo com seis propostas. O foco da Antera e do Instituto de Inovação de Belo Horizonte é trabalhar com empresas inovadoras nascentes. Eles têm expertise financeira para lidar com estas empresas e já carregam um portfólio próprio.
O BNDES pretende, porém, que os gestores nacionais do Criatec formem um segundo portfólio com empresas incubadas, que são mais de 300 no Brasil, sendo que deste total, no mínimo umas 30 são muito bem-sucedidas, como as da USP e da Coppe/Rio. Um terceiro grupo de empresas nascentes também será alvo do Criatec. São as chamadas empresas "âncoras", derivadas de divisões (spin off) de empresas grandes. A Vale do Rio Doce e a Braskem, por exemplo, são fantásticas geradoras de inteligência do que gravita em torno delas.
O foco do Criatec são as empresas dos setores de TI, biotecnologia, novos materiais, nanotecnologia e agronegócios.
O diretor da área de mercado de capitais do BNDES, Eduardo Rath Fingerl, disse que o banco está empenhado em criar apoio tanto financeiro, quanto via participação acionária, para as empresas inovadoras emergentes. A área de mercado de capitais da instituição já criou 10 fundos de investimento - 8 de Venture Capital e 2 de Private Equity, todos atuantes - visando o desenvolvimento das empresas inovadoras. Rath Fingerl prevê que estes 10 fundos que receberam R$ 260 milhões do banco vão alavancar R$ 1,2 bilhão no total de investimentos nos próximos 4 anos.
"A nossa ênfase é na base tecnológica, razão pela qual estamos agora criando o fundo de capital semente. A inovação é vista pelo BNDES como o cerne da empresa. Nossa meta com este novo instrumento financeiro é manter a inteligência do Brasil no Brasil, transformando criadores em empreendedores", afirmou o diretor do BNDES. (VSD)

Fonte: Valor Online

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sua tv de LCD ficou ultrapassada


Olá,

Você acrediatava que a Guerra dos padrões LCD e Plasma tinha chego ao fim? Uma nova tecnologia chamada de OLED está sendo introduzida e promete mudar as regras do jogo num futuro não tão distante. No entanto, o que chama atenção é o foco tecnológico de inovações desse setor de televisores. Será que realmente alguém precisa de uma TV mais fina e com melhor imagem? Será mesmo possível?

Por outro lado, não haverá uma parcela significativa da população que não apenas não utiliza mas não valoriza os diferenciais cada vez mais especializados das novas TVs? Não haverá um mercado na base da pirãmide como defendido por Prahalad e pregado por Christensen em que com uma solução mais simples e barata se conseguiria "abrir um oceano de crescimento?"

Se olharmos por outro lado, não parece interessante a possibilidade de que sua TV tenha um nível de compatibilidade com seus outros eletrônicos (lap top, celular, desktop, geladeira, iPOD...) uito superior ao atual?

A base da inovação está em questionar a própria trajetoria da inovação no seu setor empresarial. Apenas seguir a rota definida anos atrás não é garantia de sucesso.

Você está disposto a uma TV mais fina e de melhor imagem? Quem sabe.

SDS ESPECIAIS
Maximiliano Carlomagno



Por Françoise Terzian
EXAME No próximo dia 1o de dezembro, chega às prateleiras japonesas o estado da arte da tecnologia em televisores. Trata-se de um aparelho de apenas 11 polegadas, mas que vai levar a indústria de eletroeletrônicos a uma nova era. Enquanto consumidores ao redor do mundo decidem entre modelos de plasma e LCD, a tecnologia já deu um salto adiante: as telas de Oled. O nome é uma sigla que, em inglês, significa diodos orgânicos emissores de luz. As telas feitas desse material são mais finas, mais leves, produzem imagens melhores, custam menos para fabricar e consomem menos energia. A primeira TV de Oled comercializada ainda é pequena e cara -- custa cerca de 1 700 dólares. "Mas a ruptura já aconteceu", de acordo com Newton Frateschi, diretor do Centro de Componentes Semicondutores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Essa nova tecnologia deve causar uma reviravolta nas estimativas mundiais de vendas de telas planas", afirma Frateschi.
A diferença mais notável do XEL-1, modelo apresentado pela Sony no começo de outubro, é sua espessura. A tela tem apenas 3 milímetros de profundidade. Isso é possível porque, diferentemente das telas de cristal líquido, o Oled dispensa a iluminação traseira, visto que os diodos são capazes de gerar luz. A tecnologia Oled já é estudada há mais de duas décadas, e uma das empresas que lideraram os primeiros avanços foi a Kodak. Mas foi apenas nesta década que as primeiras aplicações práticas foram alcançadas. No início, os visores de Oled apareceram em dispositivos pequenos, como tocadores de MP3 e celulares. "O pulo-do-gato da Sony foi ter conseguido uma tela maior com um preço competitivo", diz Roberto Mendonça Faria, professor titular do Instituto de Física de São Carlos, no interior de São Paulo.
É claro que as tecnologias de plasma e LCD devem dominar por um bom tempo o mercado de telas planas, um negócio mundial de 82 bilhões de dólares. Segundo a empresa de pesquisas DisplaySearch, o mercado global de TVs de Oled vai crescer 24% ao ano e saltar de uma receita de 37 milhões de dólares previstos para 2008 para 884 milhões de dólares em quatro anos. Mas, mesmo que as cifras não sejam grandes, a chegada do Oled vai mudar as regras do jogo. Além do preço, consumidores bem informados costumam comparar algumas características básicas em uma TV de tela plana. A primeira é a qualidade da imagem. No plasma, o preto é realmente preto, enquanto no LCD as áreas escuras podem parecer um pouco "lavadas". O cristal líquido também perde quando se mostram imagens com movimentos rápidos -- muitas vezes a imagem deixa um rastro luminoso. A seu favor, as TVs de LCD ocupam menos espaço e consomem menos energia. Em outras palavras, a opção por plasma ou LCD sempre vai implicar algum tipo de perda. E é por isso que o Oled é tão revolucionário: as novas telas não têm nenhum desses problemas.
Onde o Oled perde, claro, é no preço. Embora se estime que os custos de produção sejam a metade de uma tela de cristal líquido de igual tamanho, essa diferença só deve aparecer em alguns anos. No estágio inicial, a Sony consegue produzir apenas 2 000 unidades por mês -- ante uma previsão de vendas de 10 milhões de aparelhos de LCD neste ano. A Toshiba também deve anunciar em breve sua linha de TVs da próxima geração, e até mesmo empresas como Toyota e Dupont investem na fabricação do material -- interessadas em aplicações em superfícies que hoje não têm telas por não serem planas. Com a atenção de indústrias tão variadas, o preço de 1 metro quadrado de um painel de Oled caiu de 120 dólares, há três anos, para 60 dólares hoje.
Além da proeza técnica, o Oled pode trazer a combalida Sony de volta à liderança tecnológica de um mercado que ela dominou desde os tempos de seus aparelhos Trinitron. A gigante japonesa entrou atrasada no mercado de LCD e perdeu terreno para sua maior rival, a Samsung. Com o lançamento dessa nova linha de TVs ultrafinas, pode retomar a liderança perdida. A empresa espera aproveitar a dianteira para lançar um segundo modelo, de 27 polegadas, já em 2008. Como mostra a declaração de Ryoji Chubachi, presidente da divisão de eletrônicos da empresa, as ambições não são nada modestas: "Quero que a primeira TV de Oled do mundo seja o símbolo do renascimento de nossa proeza tecnológica".

Conheça as principais vantagens da tecnologia Oled

Telas mais leves e finas

Hoje chegam a 2 milímetros de espessura e podem ter apenas 0,5 milímetro em três anos
Imagem mais fiel

A nova tela reproduz cores com mais fidelidade e tem mais brilho e contraste do que LCD ou plasma

Economia de energia

A tecnologia de Oled dispensa a iluminação traseira e, por isso, consome até 30% menos

Fonte: EXAME

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Entrevista com Gary Hamel


Pessoal,

Segue um pequeno trecho da entrevista de Gary Hamel ao The Mckinsey Quarterly recentemente publicada (2008/1 !!!). Gostaria de receber comentários e críticas de vocês sobre a visão do notável Guru.

"...Durante quase 20 anos, eu tentei ajudar grandes empresas a inovar. E apesar de muito sucesso nessa trajetória, eu muitas vezes me senti como se estivesse tentando ensinar um cachorro a andar em duas patas. Claro, se você coloca as pessoas certas na sala, cria os incentivos corretos e elimina as distrações, é possível criar muitas inovações. Mas no momento em que você vira as costas o cachorro volta a ficar de quatro, porque ele possui um DNA quadrupede e não um DNA bípede. Assim, ao longo dos anos, se tornou cada vez mais claro para mim que as organizações não possuem um DNA de inovação. Elas não possuem um DNA de adaptação. Esta constatação me levou de volta a uma questão fundamental: Para resolver qual problema foi a Gestão inventada? Quando você lê a história da Gestão e de pioneiros como Taylor, você se dá conta que a Gestão foi criada para solucionar um problema muito específico - como fazer as coisas perfeitamente replicáveis, em escalas cada vez maiores e com contínuo aumento de eficiência. Agora há uma nova gama de desafios no horizonte. Como você constrói organizações tão agéis como a própria mudança? Como você mobiliza e obtém resultado a partir da imaginação de todo o colaborador todos os dias? Como você cria organizações que são lugares altamente envolventes para se trabalhar? Esses desafios não podem ser suplantados sem reinventar o nosso modelo de Gestão de 100 anos".

Bignetti

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

ITAU e KINEA - Estrutura Organizacional para Inovacao


Olá,

Tudo bem? Hoje vamos falar um pouco sobre como a estrutura organiacional pode alavancar ou inibir a inovação em empresas estabelecidas. Sabe-se que as empresas, à medida que crescem, desenvolvem ambientes políticos, de poder, formais e inofrmais. Lembre-se do famoso Organograma. Sua empresa tem um? Pois saiba que antemão que determinadas Inovações são boicotadas quando desenvolvidas dentro da estrutura organizacional que opera o negócio do dia a dia.

Pesquisas e experiências recentes com empresas inovadoras sugerem que quando um novo negócio for desenvolvido numa empresa estabelecida, se ele for um rompimento com os processos, recursos e modelos mentais da empresa original deve ser criado, alimentado e administrado numa organização separada.

Nessa nova organização o negócio terá a perspectiva, práticas e atenção necessária sem ter que concorrer com outras prioridades já consolidadas.

O Banco ITAÚ adotou direcionamento semelhante com uma nova empresa do Grupo que está nascendo, a KINEA.

Leia a matéria abaixo e mande suas reflexões sobre o tema. Você tem experiências que comprovam essa teoria? Tem casos em que manter a nova empresa dentro da empresa-mãe foi a melhor solução?

Estamos aguardando.
SDS ESPECIAIS
Max

ITAÚ LANÇA EMPRESA DE INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS
Sinal de que não está indiferente à expansão da concorrência, o Banco Itaú deu ontem um mais passo para rechear a prateleira de produtos e atrair clientes ao lançar a empresa de investimentos alternativos Kinea.
Em um primeiro momento, a Kinea vai lançar fundos hedge (multimercados); depois, investimentos na área imobiliária; e, em uma etapa posterior, fundos de private equity. A meta é atrair de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões em investimentos em um ano.
Seguindo o modelo do o Itaú BBA, banco de investimento do grupo, a Kinea é uma parceria entre o Itaú, que tem 80% do capital de R$ 15 milhões, com cinco sócios, especialistas em administração de ativos, donos dos 20% restantes.
O presidente e um dos sócios da Kinea é Márcio Verri, que era vice-presidente de mercado de capitais do BankBoston, adquirido pelo Itaú em 2006. Os demais sócios são Ricardo Alves, Carlos Martins, Aymar Almeida e Sérgio Gabriele.
A parceria foi o modelo encontrado pelo Itaú para atrair e reter especialistas. A Kinea ficará em um prédio moderno da área do Itaim, zona sul de São Paulo, assim como o Itaú BBA, e fisicamente separada do Itaú e sua asset, que administra R$ 160 bilhões em recursos de terceiros.
O vice-presidente do Itaú, Alfredo Setubal, já conta com forte reação do mercado: "Nenhum grande banco de varejo, inclusive os estrangeiros, tem algo parecido. É um projeto que demonstra confiança no país e é um novo negócio para o banco. Quem sai primeiro bebe água limpa".
Para chegar a esse formato, o Itaú se baseou em estudo da consultoria McKinsey. Os principais concorrentes da Kinea são as butiques de investimento, que são independentes.
Para o banco, a iniciativa amplia o leque de produtos e a clientela em potencial. O alvo dos produtos desenvolvidos pela Kinea são clientes institucionais como fundos de pensão, investidores estrangeiros, distribuidores de fundos e outros administradores de recursos como as áreas de private banking e o segmento de alta renda Personalité do Itaú.
À medida que apresentar bons resultados, a empresa espera atrair investidores estrangeiros. Mas, esse fluxo depende também
A venda de produtos começará no primeiro trimestre de 2008. Até lá, a Kinea vai testar os modelos e a gestão com três fundos hedge de R$ 100 milhões cada, formados com recursos próprios. Ainda no início do próximo ano surgirá o fundo de investimento na área imobiliária que, segundo Verri, aplicará em empreendimentos imobiliários e não em renda fixa de empresas do setor. No Brasil, os investimentos em fundos hedge praticamente dobraram nos últimos dois anos.
Os fundos terão como meta obter um retorno de 5% a 7% acima da taxa básica de juros, "com preservação do capital", disse Verri. O retorno elevado será perseguido com uma política de diversificação de risco e não com alavancagem, garantiu o presidente da Kinea.
O nome da nova empresa, desenvolvido pela Future Brands, é inspirado na origem grega da palavra cinética (kineticós), ramo da Física que trata dos efeitos das forças sobre os movimentos do corpo.
Fonte: Valor On line