quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Inovação é a saída para vencer "doença holandesa"

Prezados,
Apesar de não estarmos acompanhando o crescimento das principais economias em desenvolvimento (PIB da Rússia cresceu 7,8%, India 9,3% e China expandiu-se em 11,9% no segundo trimestre de 2007), devemos aproveitar a alta demanda das principais commodities que vendemos e investir em inovação.
Em reportagem da revista Época Negócios de setembro (Eis o Sabor do Sucesso), pode-se verificar a evolução dos preços dos produtos do setor sucroalcooleiro conforme vai-se agregando valor à cana de açucar! Por exemplo, o quilo da cana de açucar vale R$ 0,22; o de açucar R$ 0,48; o litro do Etanol R$ 0,66; o quilo da rapadura R$ 1,43; o litro da chachaça premium R$ 7,00 e finalmente uma levedura de alta (utilizada por vinículas) qualidade pode chegar a R$ 100 o quilo.
Inúmeras oportunidades existem para transformarmos nossas matérias primas em produtos de alto valor agregado, o que precisamos é investir pesado em pesquisa e desenvolvimento.
Saudações,
Felipe Scherer



Inovação é a saída para vencer "doença holandesa"

Alta do preço das commodities é oportuna para desenvolver indústria de transformação, segundo economista. Momento é favorável para investir em inovação e diversificar produtos
A demanda por commodities dos países asiáticos e o aumento da utilização dos biocombustíveis, com a preocupação com aquecimento global, devem continuar sustentando a alta do preço dos recursos naturais ainda por longo tempo e trará oportunidade de desenvolvimento para toda cadeia produtiva, afirma José Roberto Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados, durante o 4º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo ele, o Brasil deve se espelhar no modelo escandinavo de crescimento e buscar agregar valor aos produtos do setor de commodities, com vistas a desenvolver toda a cadeia com o investimento em inovação e conhecimento na indústria de transformação. "Os setores mais afetados pela "doença holandesa" - que consiste na valorização cambial impulsionada pela valorização do preço dos recursos naturais provocando o declínio do setor industrial - que empregam mão-de-obra intensiva devem investir na internacionalização e redifinir sua estratégia, buscando diversificar seus produtos para ganhar competitividade", afirma.

Além disso, Barros ressalta que no caso do Brasil a entrada de recursos estrangeiros, gerando superávit na conta financeira, também tem apresentado um papel relevante na valorização cambial.


(Fonte: Jornal do Brasil - 18/09/2007)

Nenhum comentário: